Foi esta, sexta-feira, aprovada, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a resolução sobre o conflito entre Israel e Hamas. O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, reconhece que a resolução “não é perfeita”, mas, Portugal votou a favor, por “contribuir para a paz”.
Numa publicação feita na rede social X, este sábado, o ministro da tutela sustentou que a “decisão não foi fácil e a resolução não é perfeita. Explicámo-lo na nossa declaração de voto” e acrescentou que “como tantos outros, que o voto favorável é aquele que melhor contribui neste momento para a paz. É fundamental encontrar o caminho para a solução de dois estados”.
Já o embaixador de Israel em Lisboa, Dor Shapira, lamentou que quando Portugal vota “como o Irão, a Síria, a Rússia e a Coreia do Norte e não como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão e a Alemanha, algo não bate certo com a vossa posição”.
“Israel tem o direito de se defender de uma organização terrorista (dois pontos que não são mencionados na resolução)”, esclareceu o embaixador.
A Assembleia Geral da ONU aprovou, na sexta-feira, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada” em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.
O projeto de resolução apresentado pela Jordânia, e copatrocinado por mais de 40 Estados-membros da ONU, obteve 120 votos a favor – incluindo Portugal -, 14 contra e 45 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.
Votaram contra este texto países como Israel, Estados Unidos, Áustria ou Hungria e entre os países que se abstiveram estão Ucrânia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Iraque ou Albânia ou Cabo Verde.