Esta terça-feira, os estudantes do ensino superior vão estar em protesto, em várias cidades do país, contra o assédio moral e sexual nas instituições e exigir por uma “academia segura e inclusiva”.
As manifestações, que foram convocadas pelo movimento “Academia Não Assedia”, estão marcadas para as 18h00, em Lisboa, em frente à reitoria da Universidade de Lisboa, em Coimbra, na Praça de D. Dinis, e em Braga, no ‘campus’ de Gualtar da Universidade do Minho.
No manifesto do movimento, lê-se que o “assédio no meio académico dura há demasiado tempo e com a complacência da comunidade académica. Juntamo-nos para dizer basta. O assédio não tem lugar nas nossas universidades”.
Os estudantes, apontam que o “assédio na academia é generalizado”, recordados casos conhecidos desde o ano passado, na Faculdade de Direito e no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, ou no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
O movimento defende que, para responder ao problema, deve ser criado um gabinete independente de apoio psicológico e jurídico em todas as universidades, a criação de códigos de conduta que assegurem “uma efetiva resposta a casos de assédio” e a promoção de medidas sancionatórias eficientes.
Além do mais, os signatários do movimento exigem também a realização de questionários institucionais anónimos, de modo a apurar o número atualizado de situações de assédio, a a distribuição de informação sobre os mecanismos de apoio e a garantia de que as vítimas não sejam avaliadas por docentes contra quem fizeram queixa.
“Ao Ministério (da Ciência, Tecnologia e) do Ensino Superior, cabe assegurar ações de formação obrigatória a todo o corpo docente sobre pedagogia e assédio sexual e moral, bem como racismo, xenofobia ou orientação sexual, incluindo uma formação sobre assédio em contexto laboral”, acrescenta o manifesto.