O advogado de Diogo Lacerda Machado, Manuel Magalhães da Silva, considerou, esta segunda-feira, que a decisão do juiz de instrução, no processo dos negócios do lítio, do hidrogénio e do ‘data center’ de Sines “põe fim a um delírio do Ministério Público” (MP).
No final da aplicação das medidas de coação, pelo juiz de instrução, aos cinco arguidos do processo, Manuel Magalhães da Silva disse, aos jornalistas, estar “satisfeito com a decisão” pois esta “põe fim a um delírio do MP”.
O advogado acrescentou que “a partir do momento em que o MP põe o país uma semana inteira em alvoroço, cai o Governo, há acusações fortíssimas de vários crimes e crimes pesados a várias pessoas, e depois chega ao fim e há um tráfico de influências e há uma obtenção indevida de vantagem”, disse, reafirmando que o MP já devia ter tirado “consequências há muito tempo”.
Manuel Magalhães da Silva considera que “há uma coisa que é absolutamente certa. Não é possível haver um Estado de direito e um Estado de direito forte se não houver um Ministério Público forte e autónomo”.
O arguido, Diogo Lacerda Machado, ficou sujeito a prestar uma caução de 150 mil euros no prazo de 15 dias e a não se ausentar para o estrangeiro, devendo entregar o respetivo passaporte à guarda do tribunal no prazo de 24 horas.
O seu advogado findou, defendendo que a decisão do juiz de instrução “deve envergonhar, sobretudo, os magistrados do Ministério Público, que com os indícios que tinham se permitiram a fazer estas inquirições”.