Foi anunciado, esta terça-feira, pelo Departamento do Estado norte-americano, a terceira série de sanções, dos Estados Unidos da América (EUA), ao movimento islamita palestiniano Hamas, na sequência dos ataques de 7 de outubro.
Em comunicado, os EUA indicam que este terceiro pacote de sanções incide sobre “outros responsáveis e apoiantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e da Jihad Islâmica Palestiniana” não incluídos nos anteriores e igualmente relacionados com “os ataques terroristas de 7 de outubro contra Israel”.
Um dos indivíduos, agora visado pelas sanções, e também classificado pelo Departamento do Estado dos EUA como “Terrorista Global Especialmente Sancionado”, é Akram al-Ajouri, considerado “ser um líder da Jihad Islâmica Palestiniana (JIP)”. Ajouri é o secretário-geral adjunto da JIP e líder do seu braço armado, a Brigada Al-Quds.
O Departamento do Tesouro inclui igualmente, na lista de alvos de sanções, sete pessoas e duas entidades que prestaram apoio ou agiram em nome do Hamas, ou da Jihad Islâmica Palestiniana, centrando-se nas transferências de dinheiro do Irão para a Faixa de Gaza, onde o Hamas — há muito classificado por Washington como organização terrorista — se encontra no poder desde 2007.
“O apoio do Irão, principalmente através da sua unidade de Guardas da Revolução Islâmica, viabiliza as atividades terroristas do Hamas e da JIP, inclusive através da transferência de fundos e do fornecimento tanto de armas como de treino operacional”, lê-se no comunicado.
Segundo a diplomacia norte-americana, “o Irão treinou combatentes da JIP para produzirem e desenvolverem mísseis em Gaza, financiando também grupos que prestam apoio financeiro a milícias ligadas à JIP”.
“Estamos a adotar estas medidas em coordenação com o Reino Unido para proteger o sistema financeiro internacional de abusos do Hamas e dos seus apoiantes”, sublinhou o Departamento de Estado norte-americano, prometendo continuar a trabalhar com os seus parceiros e aliados “para desmantelar os canais de financiamento do terrorismo do Hamas”.