A Comissão de Ética do Banco de Portugal (BdP) considera que Mário Centeno cumpriu os deveres gerais de conduta e agiu com a reserva exigível. O parecer surge na sequência de o governador do BdP ter sido proposto pelo primeiro-ministro demissionário para o substituir no cargo.
No seu parecer, divulgado esta quarta-feira, a Comissão de Ética manifesta o entendimento de que Mário Centeno “agiu com a reserva exigível nas concretas circunstâncias nele descritas e cumpriu os seus deveres gerais de conduta como membro do Conselho de Administração”,
O comunicado do regulador bancário refere ainda que o cumprimento dos deveres e atuação com a reserva exigível por parte do governador aconteceu “independentemente de outros desenvolvimentos que se verificaram à volta da situação e que são estranhos ao Banco de Portugal e ao Governador”.
A Comissão de Ética do BdP reuniu segunda-feira depois de Mário Centeno ter sido proposto pelo atual primeiro-ministro para o substituir no cargo. Uma proposta envolta em polémica por causa de um alegado envolvimento, entretanto desmentido, do Presidente da República, na proposta de substituição de António Costa.