O Ministério da Saúde de Gaza, organismo controlado pelo Hamas, anunciou, esta segunda-feira, que pelo menos 12 pessoas morreram em ataques do exército israelita ao hospital indonésio, localizado perto de Jabalia.
O organismo que tutela a saúde afirmou que estamos perante “um novo crime cometido pela ocupação israelita contra hospitais na Faixa de Gaza”, assegurando que o hospital indonésio “foi atacado com artilharia por tanques”, causando numerosos feridos.
Ao longo das últimas semanas as forças de Israel têm atacado vários hospitais, argumentando que militantes do Hamas se escondias nessas instalações.
O mais significativo ataque a hospitais aconteceu na última semana, quando Israel cerco o hospital Al Shifa, o maior da faixa, localizado na cidade de Gaza.
Telaviv defende que o Hamas tinha o seu principal centro de comando na cave do hospital e no passado domingo apresentou provas que supostamente apoiam essa tese: 55 metros de túnel subterrâneo fortificado e vídeos do mesmo dia do ataque de 7 de outubro, mostrado como vários feridos sequestrados foram levados para Shifa.
No sábado, e já depois de ter entrado em algumas áreas do complexo em diversas ocasiões, Israel ordenou a retirada de todos os que se encontravam dentro do Hospital, cerca de três mil pessoas, inclusive pessoal médico, ferido e deslocados.
Dezenas de pessoas gravemente feridas, incluindo vários bebés prematuros, morreram devido ao cerco e à falta de medicamentos, água e combustível.
Na retirada, muitos deslocaram-se para o sul do enclave, onde os ataques de Israel são menos intensos, mas alguns, especialmente os feridos mais graves, foram para o hospital indonésio, em Jabalia, a norte da cidade de Gaza, esta segunda-feira atacado por Israel.