O ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou esta sexta-feira a libertação, pelo grupo terrorista Hamas, de uma refém com nacionalidade portuguesa.
Adina Moshe, 72 anos, é uma de 24 reféns libertados até agora, de acordo com as autoridades israelitas, no primeiro dia de trégua.
“Efetivamente tínhamos a esperança, não queríamos falar muito do assunto. Tínhamos esperança e confirma-se que saiu”, comentou João Gomes Cravinho que hoje realiza uma visita a Israel e Cisjordânia.
Adina Moshe, luso-israelita de 72 anos, cujo marido foi morto no ataque ao kibbutz Nir Oz a 7 de outubro, é descendente de judeus sefarditas da Península Ibérica, expulsos no fim do século XV. Recentemente, recebeu o passaporte português e visita Portugal regularmente.
“Ela ama tanto o povo português. Ela disse-me: “Que pessoas fantásticas e amáveis!” Sempre que voltava de lá, falava de Portugal com um sentimento de lar”, revelou à SIC uma das filhas, Maia, aquando do momento do rapto de Adina a 7 de outubro. Outra das filhas, Yael, contou que, após terem morto o seu pai, Said, os terroristas do Hamas levaram a mãe numa moto até Gaza.
A trégua de quatro dias acordada entre Israel e o Hamas, que prevê a libertação de 50 reféns em troca da libertação de prisioneiros palestinianos, entrou em vigor às 05h00 de Lisboa desta sexta-feira.
Às primeiras horas, o cessar-fogo mediado pelo Qatar terá sido violado, mas pouco depois os soldados israelitas começaram a abandonar a faixa de Gaza e a ajuda humanitária começou a entrar através da fronteira de Rafah.