O regresso da ‘banalidade do mal’

Surpreende e choca e indigna a reação desculpabilizadora de tanta gente à chacina praticada pelo Hamas.

Não consigo ver e dizer com as mesmas palavras o que é diferente. Nada, o horror de qualquer guerra, é comparável à chacina de 7 de novembro cometida pelo Hamas. Pela calada da noite, na inadvertência estranha dos melhores serviços secretos do mundo, na tardia reação das mais sofisticadas Forças de Segurança do planeta (falhas por que o primeiro-ministro israelita há-de responder), traiçoeiramente, pela fria crueldades, pela intenção de extinção de um povo, de SOLUÇÃO final, a chacina cometida em 7 de novembro pode ser comparada. O mal igual ao que os executores nazis fizeram no holocausto, mas tentaram. apesar de tudo esconder, os nazis do Hamas fizeram e fazem agpra para ostentar.

Por isso surpreende e choca e indigna, a reação desculpabilizadora, de tanta gente, não, só claro no mundo esclavagista e de escravos e déspotas do Islão, mas também entre nós no mundo supostamente civilizado e livre e humano.

É o que uma grande resistente ao anti-humano, Hannah Arendt, disse numa expressão genial: «A banalidade do mal».

Estamos perante o regresso, estamos no meio, da ‘banalidade do mal’.