Costa apontado como favorito para suceder a Charles Michel no Conselho Europeu

Cargos europeus são tradicionalmente negociados em ‘pacote’.

A edição europeia do Politico colocava António Costa como um dos nomes com maiores probabilidades de ocupar um lugar de topo em Bruxelas, mas tudo depende não só da investigação em Portugal como do resultado das eleições europeias.

Uma das hipóteses é a presidência do Conselho Europeu, atualmente ocupada pelo belga Charles Michel, que anunciou recentemente que abandonará o cargo no verão, e não no final do mandato em novembro.

Mas tudo dependerá dos resultados das europeias de junho, porque tem sido hábito que a distribuição dos cargos institucionais de topo na UE seja decidida em função dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu, assegurando também a diversidade geográfica e de género, e é geralmente negociada em pacote.

Os presidentes da Comissão, do Conselho Europeu, do Parlamento Europeu, e ainda do Alto Representante para a Política Externa (a chefia da diplomacia europeia) e da presidência do Banco Central Europeu (BCE) são escolhidos em simultâneo, distribuídos pelas famílias políticas.

Neste cenário, os Socialistas Europeus deverão apontar para a presidência do Conselho Europeu, pois na última legislatura ficaram ‘apenas’ com a chefia da diplomacia europeia, atribuída a Josep Borrell, e inicialmente com a presidência do Parlamento Europeu, que na primeira metade da legislatura foi exercida pelo italiano David Sassoli, que após a sua morte foi substituído por Roberta Metsola, pertencente ao grupo do Partido Popular Europeu.