O PSD moribundo e o socialismo da propaganda

Mesmo com os escândalos e a destruição do país, este PSD não descola do PS e do seu novo Sócrates

A destruição socialista do país é brutal, mas é um sucesso na propaganda. A saúde e educação estão completamente devastadas com consequências sérias para muitos de nós, nos últimos dez anos um milhão de portugueses, os mais aptos e jovens saíram do país e têm chegado de modo algo descontrolado milhares de imigrantes de baixas qualificações, a iniciativa privada é asfixiada pelo estatismo. Temos carga fiscal a mais, maus serviços públicos, trabalhamos muito, produzimos pouco e ganhamos mal, o socialismo instituiu também a amoralidade na política. O socialismo, contudo, percebeu a psique do eleitor pobre, idoso e pouco critico e a sua propaganda é muito profissional. Se não acabarmos com este socialismo não sairemos desta miséria maquilhada. Mas mesmo com os escândalos e a destruição do país, este PSD não descola do PS e do seu novo Sócrates. Há uma tendência que se confirma, não só em sondagens (embora as sondagens são também peças de campanha), mas até nas conversas entre as pessoas comuns. O PS tem fortes hipóteses de obter o primeiro lugar nas próximas legislativas. Não saímos do mesmo, mais atraso, mas sucessos fictícios. O principal responsável é este PSD que não é alternativa a coisa nenhuma, não tem nomes, não tem programa, não suscita uma esperança estimulante e irrecusável. Não perceber isso é falhar o alvo. 

Há uma evidência demolidora, os militantes mais empedernidos do PSD podem não aceitar, mas esta campanha, este candidato (que é sem duvida boa pessoa, mas não chega) e a sua equipa falharam, deviam sair já. Montenegro ficaria como presidente do PSD e entregaria a campanha do partido a um elenco que levaria a cabo uma renovação de nomes, ideias e prática…É necessária uma novo ideia de Portugal, porque com mais do mesmo, as pessoas preferem votar no PS que dá mais 5 euros, mesmo que tribute 10 euros e no Chega, esse sim, uma verdadeira alternativa e contestação séria ao socialismo.

O PSD está moribundo e vazio, não se sabe quem será ministro de cada área, não tem ideias, não mobiliza, não entusiasma, nem consegue expor de modo implacável o embuste que é este socialismo… e não menos importante, tem de superar de vez a sombra de Passos e de Cavaco. Devem estar gratos, mas é passado e muitos portugueses não partilham essa admiração. O país é também o presente e o futuro. Este PSD exangue e incapaz de grandes roturas internas e entregue a uma espécie de sucessão dinástica é mortal. 

Num quadro mais amplo, um problema terrível persiste. Assistimos nos partidos que têm governado o país a uma deterioração notória da qualidade dos políticos e a uma rejeição crescente dos melhores quadros da sociedade civil em participar em elencos governativos. Constatamos que de modo massivo chegaram às linhas da frente desses partidos gente sem qualquer experiência profissional, ou seja, que nunca trabalhou na vida civil, a não ser na carreira dentro do partido. A geração das juventudes partidárias. A democracia enfraquece na proporção da quantidade de políticos profissionais que ostenta. A política na verdadeira democracia não é uma profissão, mas um serviço público que os melhores e mais empenhados em cada área prestam num determinado período de tempo ao seu país.