O presidente do PSD disse este domingo confiar “muito na sabedoria e na ponderação dos portugueses” e que estes não se vão deixar enganar por jogadas de eleitoralismo infantil e pelo disfarce da incompetência recente”.
No seu discurso na “Convenção por Portugal”, iniciativa da coligação Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS-PP e PPM, Luís Montenegro defendeu que “não é preciso uma política que se diz nova mas traz consigo a velha forma de enganar as pessoas. Portugal precisa de competência, não de aparência”.
No Centro de Congresso do Estoril, o líder social-democrata disse também que “não é credível prometer tudo a todos” e que a intenção é “exigir honestidade a todos”. Se for primeiro-ministro, promete “escolher para o Governo os melhores, aqueles que estão em melhor condição de projetar e executar as políticas de todos os ministérios”.
Segundo Montenegro, “Governar não é entrar em aventuras, é agarrar em recursos que são escassos para resolver problemas profundos” e salientou que, de si e da AD, os portugueses “não esperem aventuras nem radicalismos, nem ilusões de decisões” que depois não tomará.
“Confio muito na sabedoria e na ponderação dos portugueses. Sei que, apesar de todas as tentativas, os portugueses não se vão deixar enganar por jogadas de eleitoralismo infantil e pelo disfarce da incompetência recente”, sentenciou.
Também Leonor Beleza considerou que este não é o tempo para aventuras nem para aventureiros e que se devem evitar precipitações, e considerou que a Aliança Democrática (AD) é um “sinal de esperança”.
“A conclusão que retiro do mundo em que vivemos e dos problemas que temos em Portugal é que este não é um tempo para aventuras, não é um tempo para aventureiros, é um tempo para gente com coragem, para gente capaz de mobilizar, para gente competente”, afirmou a presidente da Fundação Champalimaud no seu discurso na “Convenção por Portugal”.
A antiga ministra da Saúde defendeu que o país precisa de “gente capaz de mobilizar equipas capazes, competentes e dedicadas” e salientou que essas pessoas estão na AD.
“Podemos contar com essa equipa aqui na AD, com os nossos líderes e com todos aqueles que vão ter de fazer a mudança”, indicou.
Confiança foi igualmente o adjetivo usado por Carlos Moedas na sua intervenção na mesma reunião. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou que a AD é de “confiança enquanto no “PS vemos irresponsabilidade, vemos desresponsabilização(…) “quando dizem que não sabiam, afinal sabiam”.
Carlos Moedas disse ainda que “a AD é fazer a diferença” e que “nós não somos iguais ao PS, não somos todos iguais. Nós somos diferentes”.
Para Santana Lopes, uma das surpresas da convenção, a questão é como é que se pode fazer para que o PS não fique mais quatro anos no poder, considerando que os governantes socialistas “falharam tanto nos resultados que é óbvio que têm que ser substituídos”.
“Como é que um Partido Socialista não pede desculpa, em primeiro lugar aos portugueses”, questionou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, criticando a situação em que os governos do PS deixaram a saúde, a educação, a habitação ou a Segurança Social.
“A política é cada vez mais agitada. Com tanta informação que nos chega, nós, que estamos em casa e temos as nossas preferências, vamos sentindo medo e pensamos: será que eles tomam as boas decisões ou não?”, disse.
O ex-líder social-democrata elogiou o “líder carismático e determinado”, Luís Montenegro, e pediu união sobre a estratégia eleitoral e o fim de divergências.
Por seu lado, Cecília Meireles afirmou que “sabemos bem que feitas as contas, contados todos os cenários há uma coisa que é inegável: só há duas pessoas em Portugal que podem ser primeiros-ministros: um é mais do mesmo, um reciclado, outro está aqui nesta sala, quem quer mudar, vota AD”.
A antiga deputada e secretária de Estado do Turismo criticou a intenção já anunciada pelo líder do PS de, se for primeiro-ministro, escolher cirurgicamente os setores da economia a apoiar: “Então o que tem a dizer é que o problema económico de Portugal é que as empresas foram apoiadas de mais e de forma indiscriminada?”.
A antiga dirigente do CDS-PP deputada considerou que “o PS já escolheu um setor estratégico a apoiar”, quando destinou 70% das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência ao Estado. “É o setor das empresas que trabalham para o Estado e que são clientes do Estado, isso é uma economia clientelar, e isso não é estratégico”, disse.
Já o ex-presidente do CDS-PP defendeu que a AD tem como principal missão “dar garantias a quem tenha receios”.
“A 10 de março a Aliança Democrática (AD) deve vencer, vencer com margem. O PS deve ir para a oposição. Portugal deve ter um novo governo e esse governo deve ser de mudança”, começou por dizer Paulo Portas.
“A eleição ainda não está decidida. Há muita confusão, desinformação, manipulação e há na sociedade portuguesa margens importantes de desesperança” disse o antigo vice-primeiro-ministro no seu discurso da Convenção da Aliança Democrática.
“A meu ver, a principal missão da AD é essa: dar garantias a quem ainda tenha receios. Dar uma oportunidade à mudança e não deixar prevalecer a resignação com o que temos”, afirmou Portas, para quem “ou a AD ganha e faz um governo de mudança ou o que teremos não é uma repetição do PS, mas sim, um da geringonça, com um Primeiro-ministro inexperiente, mais esquerdista e com o Bloco e PCP sentados no Conselho de Ministros”.
Para o antigo ministro de Estado e da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, “um governo da AD gera mais confiança e uma geringonça 2.0 gerará menos confiança, menos investimento e, portanto, menos crescimento”.
No início da convenção o presidente do CDS-PP adereçou os que “querem o insucesso da AD”, começando por dizer que “o único governo que a AD vai viabilizar é o da AD depois de vencermos as eleições, depois de contados todos os votos”.
“A política em Portugal precisa de senso e lucidez. Quanto mais se percebe neste momento o delírio de promessas da extrema esquerda ao populismo radical, percebe-se que é de interesse nacional uma vitória da AD”, afirmou Nuno Melo.
O congresso começou com a intervenção do coordenador Movimento Acreditar, plataforma de discussão do PSD com a sociedade civil, que arrancou em janeiro de 2023.
Pedro Reis começou por explicar que o “Movimento Acreditar foi inspirado desde o primeiro dia por Luís Montenegro, quando assumiu a presidência do PSD. Agora, é entregue à AD, para ser colocado agora ao serviço de Portugal.
“Não vale complicar. Ou temos uma viragem radical à esquerda, ou optámos por um rumo diferente liderado por Luís Montenegro e esta AD. Ou bem que passámos do sonho que foi estes anos ou para um pesadelo ainda pior. No fundo, ou temos mais do mesmo ou exigimos à AD que nos traga respostas concretas aos problemas reais das pessoas”, alertou Reis.