O presidente do Governo Regional da Madeira reagiu, esta quarta-feira, às suspeitas de corrupção que recaem sobre ele, numa operação da Polícia Judiciária (PJ) que já levou à detenção do presidente da câmara do Funchal e de dois gestores.
“Nunca roubei ninguém. Não houve corrupção nenhuma. A mim ninguém me compra”, garantiu Miguel Albuquerque, sublinhando que está de “consciência tranquila”.
“Não me vou demitir porque vou colaborar no esclarecimento da verdade”, afirmou.
Miguel Albuquerque disse também que ainda não foi contactado pelo poder judicial e garantiu que o Governo Regional e o próprio estão “a colaborar com a PJ no sentido de fornecer todos os elementos”.
“Uma situação de inquérito nunca diminuiu ninguém (…) O estatuto de suspeito não é estatuto nenhum”, sublinhou, prometendo apresentar os candidatos da Aliança Democrática na região na próxima semana.
Recorde-se que Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal, Avelino Farinha, líder do Grupo AFA, e Caldeira Costa, líder da sucursal de Braga desse grupo, foram detidos, esta quarta-feira, na sequência de uma operação policial, que envolveu mais de uma centena de buscas na Madeira e em vários pontos do continente.
As suspeitas sobre o presidente do Governo Regional da Madeira estão relacionadas com o negócio da Quinta do Arco, propriedade de Miguel Albuquerque que foi vendida em 2017 a um fundo imobiliário, que trabalha com o grupo Pestana, que é quem gere atualmente o espaço.
A alienação da quinta coincidiu com a renovação da concessão da Zona Franca da Madeira ao mesmo grupo hoteleiro.