O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, foi esta segunda-feira vandalizado por ativistas pró-palestinianos. Vários vidros foram partidos e a frase “Israel mata, Portugal apoia”, foi pintada no portão do edifício.
Um grupo de ativistas solidários com a resistência palestiniana e com o Coletivo pela Libertação da Palestina, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa disse, numa nota enviada à agência Lusa, que considera que o governo português “e, particularmente, do Ministério dos Negócios Estrangeiros”, apoia “um projeto colonial que, há mais de 75 anos, tem por base a limpeza étnica do povo palestiniano”.
“Nos últimos quatro meses, este apoio ficou ainda mais claro”, diz anda a nota, acrescentando que o ministro João Cravinho “foi rápido a mostrar a sua solidariedade para com o regime sionista”, na sequência do ataque do 7 de outubro.
“Por várias vezes, defendeu o direito de Israel ‘se defender’, o ‘dever de solidariedade [de Portugal] para com Israel’ e sublinhou ‘a amizade entre Portugal e Israel’”, diz ainda a nota.
Os ativistas consideram que, só no início de fevereiro, “quando já mais de 25 mil pessoas palestinianas tinham sido mortas na Faixa de Gaza e quase dois milhões tornadas refugiadas”, João Cravinho criticou Israel.