OMS acusa Israel de recusar missões de salvamento médico

OMS recebeu “duas recusas consecutivas” de acesso um hospital para avaliação médica, o que provocou “atrasos no encaminhamento de doentes a necessitar de cuidados urgentes”.  

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acusou, esta terça-feira, Israel de dificultar e recusar tentativas de prestar serviços médicos à população na Faixa de Gaza.  

“A OMS liderou duas missões de salvamento de vidas para transferir 32 doentes em estado crítico, incluindo duas crianças, do complexo médico de Nasser, no sul de Gaza, a 18 e 19 de fevereiro. A transferência de doentes foi solicitada pelo pessoal do hospital depois de as instalações terem ficado inoperacionais na sequência de um ataque militar a 14 de fevereiro, após uma semana de cerco”, refere o comunicado da OMS, citado pela imprensa internacional.  

O hospital situa-se numa zona com um grau de destruição “indescritível”, adianta a OMS, acrescentando que se estima que 130 doentes e feridos e pelo menos 15 médicos e enfermeiros permanecem no hospital rodeado por “edifícios queimados e destruídos, pesadas camadas de escombros e sem qualquer troço de estrada intacto”. 

Antes das missões, a OMS recebeu “duas recusas consecutivas” de acesso ao hospital para avaliação médica, o que provocou “atrasos no encaminhamento de doentes a necessitar de cuidados urgentes”.  

 “A OMS reitera os seus apelos à proteção dos doentes, dos profissionais de saúde, das infraestruturas de saúde e dos civis. Os hospitais não devem ser militarizados, indevidamente usados ou atacados”, lê-se ainda na nota.