As máquinas estão todas no Largo do Rato e na São Caetano à Lapa. Há várias semanas que equipas especializadas acertam todos os pormenores da campanha que só na próxima semana começa oficialmente, mas que, na prática, já está na rua há vários dias.
Os debates que só se encerram na próxima segunda-feira (com o debate das rádios que colocará frente-a-frente todos os líderes partidários com assento parlamentar), foram o primeiro teste para fixar estratégias e argumentos.
Agora é hora de partir para a estrada à caça de votos. Uma operação que conjuga ações de rua, encenações em espaços fechados ou abertos, cartazes e uma campanha específica nas redes sociais, onde os jovens partidos como o Chega e a Iniciativa Liberal são muito fortes. É nas redes sociais que se conquista muito voto jovem e não só e essa é uma realidade que, desta vez, não vai passar ao lados da estratégia de campanha dos dois grandes partidos.
Montenegro ouve mais Cavaco do que Pedro Nuno ouve Costa
Para além das máquinas profissionais, há um nível de aconselhamento dos líderes que depende essencialmente da iniciativa individual de cada um. São os chamados núcleos duros. Um grupo restrito de pessoas a quem Montenegro e Pedro Nuno recorrem para aconselhamento em temas considerados essenciais e na definição da estratégia política.
Quem são as pessoas que fazem parte deste núcleo duro? É uma pergunta a que os aparelhos partidários evitam responder por considerarem que , ao revelá-lo, podem estar a dar armas ao adversário. O Nascer do Sol procurou saber quem são os homens e mulheres que fazem parte do círculo mais restrito de aconselhamento de Pedro Nuno Santos e de Luís Montenegro.