Os Estados Unidos são, desde a fundação do Estado de Israel no período pós-Segunda Guerra Mundial, o maior e mais importante aliado dos israelitas. Mas a relação nem sempre é saudável e harmoniosa. Desde a eleição de Joe Biden, em 2020, que a relação esfriou, já que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu preferia Donald Trump na Sala Oval. Ainda assim, e após os ataques perpetrados pelo Hamas a 7 de outubro de 2023, os Estados Unidos não voltaram as costas aos seus amigos do Médio Oriente. No início, a administração Biden apoiou inequivocamente Israel e tem sido a principal potência na tentativa de negociação – principalmente através da diplomacia de vaivém do seu secretário de Estado Antony Blinken –, também numa tentativa de voltar a colocar os EUA na posição de player principal na região.
Mas a intransigência de Netanyahu, que afirma só dar a guerra como terminada quando o objetivo de desfazer o Hamas for cumprido, tem causado fricção com Washington, que tem revelado visível preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza. As várias tentativas de cessar-fogo não têm chegado a bom porto e os americanos viram-se até forçados a fazer chegar ajuda a Gaza por via aérea.
Blinken continua a esforçar-se e reuniu-se recentemente com o líder da oposição e atual membro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, mas o fim do conflito não parece estar para breve, num momento em que a guerra no norte contra os libaneses do Hezbollah continua a escalar.