A noite foi de festa para o Livre que, pela primeira vez, conseguiu um grupo parlamentar. O partido elegeu quatro deputados para a Assembleia da República, dois pelo círculo de Lisboa, um por Setúbal e outro pelo Porto.
No seu discurso, Rui Tavares, líder do partido, defendeu que estas foram “umas eleições muito disputadas nos 50 anos do 25 de Abril”.
Com mais deputados eleitos desta vez, Rui Tavares diz que, “perante este cenário há só duas certezas: como sempre dissemos e sabíamos que era verdade há espaço para a esquerda verde europeia em Portugal” e que o Livre “agora com um grupo parlamentar e sendo um dos poucos partidos que cresceu nestas eleições vai trabalhar muito para servir o nosso país a partir dos distritos em que está eleito representar todo o país”.
Rui Tavares atirou ainda: “O país antes dos partidos, as pessoas antes dos cargos”.
“É muito importante que saibam que o Livre sabe crescer bem e com responsabilidade. É assim que vamos trabalhar. Tivemos uma campanha feita com propostas e com solidariedade”, concluiu.
Ainda sobre os resultados, Rui Tavares avançou que “o PSD um dia vai ter que acordar e pensar o que faria Sá Carneiro nesta situação”, acrescentando que “pelo menos que pensem com interesse. O Chega cresceu e o Livre cresceu, são duas opções muito claras de crescimento, essa opção de autoritarimo é esmagadoramente rejeitada neste país. Estaria a aliar-se a uma opção que seria rejeitada por quatro quintos dos eleitores”.
O aviso ficou dado: “Espero que Luís Montenegro saiba que se der a mão ao Chega este vai acabar a devorar-lhe o braço”.