O líder da AD foi o último a reagir e, ainda que os resultados não estejam fechados, declarou vitória, dizendo que tem a “expectativa fundada” que Marcelo Rebelo de Sousa o indigite para formar Governo.
Luís Montenegro começou o seu discurso por afirmar ser um “privilégio” estar na sua posição “no final de um longo dia de eleições”. Aproveitou ainda para assinalar o facto de o nível de participação ter aumentado, invertendo “uma tendência que era difícil contrariar”.
Feitos os cumprimentos e as palavras inicias da praxe, Montenegro passou ao cantar da vitória. “Parece incontornável que a AD ganhou e que o Partido Socialista perdeu as eleições”, disse, sublinhando que os portugueses deixaram uma mensagem clara de desejo de mudança.
“Os portugueses disseram que queriam mudar de governo e de políticas” e que as grandes forças partidárias devem renovar-se e “privilegiar mais o diálogo entre líderes e entre partidos”.
“A mudança vai-se cumprir com um novo primeiro-ministro, novo governo e novas políticas”, afirmou o presidente do PSD. “É minha expectativa que Presidente da República me possa indigitar para formar Governo”, acrescentou.
Montenegro quis ainda deixar um recado aos outros partidos, salientando que para existir “governabilidade e estabilidade há que apelar ao sentido de responsabilidade de todos os que se vão sentar no Parlamento”.
Para o líder da AD, é importante que seja dado um sinal de estabilidade para o exterior.
Questionado sobre se o não continua a ser não no que diz respeito ao Chega, Luís Montenegro diz que assumiu dois compromissos na campanha e que “naturalmente” cumprirá a palavra.
“Nunca faria tamanha maldade de incumprir o meu compromisso”, garantiu.
Em relação à composição do Executivo e se pretende incluir o CDS, o PPM e, eventualmente, a IL, o líder do PSD não quis abrir o jogo.
“Teremos oportunidade de falar com o Presidente da República. Nessa altura irei esclarecer esses e outros assuntos que tenham que ver com a orgânica do futuro governo”, rematou.