Portugueses são os mais europeístas

Estudo da Ipsos para Euronews mostra que os portugueses são os que mais aprovam a adesão à UE. E para as europeias de junho mantém-se a tendência destas legislativas.

Uma esmagadora maioria de portugueses (82%) considera que a adesão à União Europeia foi uma decisão boa e apenas 4% dizem que fai má. Esta é uma das principais conclusões da mais recente e exclusiva sondagem da Ipsos para a Euronews e a que o Nascer do SOL teve acesso.

Deste modo, Portugal destaca-se como o mais europeísta dos Estados-membros da UE, à frente da Espanha e da Dinamarca.

Segundo o mesmo estudo, questionados sobre quais as melhores opções a serem tomadas para enfrentar os desafios futuros, reforçar a soberania nacional ou transferir mais poderees para a União, os portugueses dividem-se:  36% dos portugueses dá maior poder de decisão ao país, 28% mantém a distribuição de poder entre o Governo do país e a União Europeia e também 36% considera que Bruxelas devia ter mais decisão

Questionado pela Euronews sobre esta questão em específico, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, disse não estar surpreendido com os resultados, referindo que foi importante na forma como se enfrentou, por exemplo, a covid-19, a crise da energia ou a inflação, com «cooperação e coordenação». «Acho que é um erro tentar opor-se ao nível nacional e europeu. Se tivermos fortes estados membros e se tivermos um projeto europeu forte, isso será bom e positivo para todos os cidadãos da União Europeia», disse Michel.

Mais apoio à extrema direita

A mesma sondagem da Ipsos, sobre intenção de voto nas próximas europeias, revelou ainda que se regista um aumento do apoio à extrema-direita e um declínio dos Verdes e Liberais. No entanto, a maioria significativa continua a ser dos partidos pró-europeus, que deverão continuar com dois terços dos lugares no Parlamento Europeu, fazendo com que os centristas continuem «a reunir a maioria necessária para confirmar dirigentes e aprovar legislação».

A menos de três meses das eleições europeias de 2024, o PSD aparece como a formação política portuguesa mais votada, consolidando a viragem do país à direita, que já foi vista nas última legislativas. Os sociais democratas surgem na primeira posição (com 31%), taco a taco com o PS (29,6%). O Chega confirma-se como  terceira força política (com 14,2% das intenções de voto dos portugueses).