O presidente da Assembleia da República recusou comentar em pormenor as declarações de Pedro Passos Coelho, que foram interpretadas como uma defesa de um entendimento entre o PSD e o Chega.
Aguiar-Branco começou por explicar que não queria entrar “no debate partidário” a bem da “equidistância e lealdade” em relação a todos os deputados.
“Só posso dizer que fui membro do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, tenho a maior das considerações pelo seu mandato como primeiro-ministro e acho que prestou serviços inestimáveis ao país num momento particularmente difícil”, disse.
E acrescentou: “Conheço-o há muitos anos e confio que ele saberá sempre, e em cada momento avaliar bem o que é importante para o país”, disse.
Recorde-se que Pedro Passos Coelho disse ontem que não pode dizer-se: “’estou muito preocupado com os seus anseios, mas se fizer esta escolha, daqui não leva nada, se fizer aquela escolha, comigo não fala’”.
Sem referir a quem se destinava o recado, mas numa aparente referência a PSD e Chega, o antigo primeiro-ministro defendeu que “quando há identidades firmadas” não há que ter medo de os espaços políticos “se diluírem ou confundirem entre si”.