A deputada do Partido Social-Democrata (PSD), Ana Gabriela Cabilhas, afirmou, na sessão solene dos 50 anos do 25 de Abril, que os “políticos estão ao serviço do povo” e devem trabalhar para resolver os seus problemas, e não “dividir” o país.
A antiga dirigente estudantil, e a deputada mais nova da bancada social democrata, defendeu que não se pode aceitar que “a melhor versão” da democracia tenha ficado no passado, “cristalizada na Revolução dos Cravos”.
Ana Gabriela Cabilhas, considerou que é necessário “uma democracia melhorada e reconciliada com o povo, que não se contenta em sobreviver, mas que procura florescer com a intensidade de abril de 74, de novembro de 75 ou da ida às urnas para a Assembleia Constituinte”.
“A voz do povo é a maior força da democracia. Por isso, a Casa da Democracia deve escutar o povo, para devolver ao povo a concretização das suas legítimas expectativas”, rematou.
Para a social democrata, a solução tem de passar pelo parlamento, e por todos os seus deputados: “Recusando que os extremistas radicalizem a sociedade, dividindo-a em dois: os políticos e o povo. Não!”.
“Os políticos estão ao serviço do povo. Os políticos são também eles o povo (…) Porque aqui não há nós e eles, somos todos Portugal”, afirmou a jovem deputada, merecendo aplausos das bancadas do PSD, Partido Socialista (PS) e CDS-PP.
Ana Gabriela Cabilhas defendeu que a liberdade deve estar ligada à “verdadeira igualdade de oportunidades”. “A igualdade de oportunidades vem com a solução aos problemas das pessoas que sabemos existirem, e para os quais este Governo e esta Assembleia estão dedicados em resolver”, considerou.
A social-democrata afirmou que devem ser rejeitados os extremismos e populismos, “ualquer revisionismo histórico de saudade soviética”, e também “vagas ‘wokistas’”, a que chamou “a nova censura do bem”.
“Substituindo a política de café e do comentário nas redes sociais, por mais participação na comunidade. Rompendo com os interesses instalados. Concretizando as reformas de que o país grita. Dizendo não, não a quem quer dividir o país”, apelou.
“O futuro da democracia”, prosseguiu, “não é certo”, mas a forma como deve ser preparado é “a chave para a defender melhor”.
“Com mais progresso, solidariedade, mais respeito pelas pessoas e pela dignidade que a todos deveria estar consagrada, pelo planeta e os seus recursos”, continuou.
No final da sua intervenção, dirigiu-se aos militares e combatentes, afirmando que o país tem “uma dívida de gratidão” e a todos os portugueses, “dos mais novos aos mais velhos”, “do interior e do litoral”.