O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, anunciou, esta segunda-feira, que não irá abandonar o seu cargo, no seguimento da abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção da sua mulher.
O líder do executivo ponderou demitir-se, na passada quarta-feira, depois da sua mulher, Begoña Gomez, ser visada num “inquérito preliminar”, na sequência de uma queixa de uma organização conotada com a extrema-direita baseada em alegações e artigos publicados em páginas na Internet e meios de comunicação digitais.
O Ministério Público de Espanha pediu, no dia seguinte, o arquivamento desta queixa, por entender que não existem indícios de delito que justifique a abertura de um procedimento penal.
O caso visa alegadas ligações da mulher de Pedro Sánchez a empresas privadas, como a companhia aérea Air Europa, que receberam apoios públicos durante a crise da pandemia de covid-19 ou assinaram contratos com o Estado quando o marido era já primeiro-ministro.