A Associação Nacional de Sargentos afirmou, esta terça-feira, que não concorda com a ideia do ministro da Defesa, Nuno Melo, e da ministra da Administração interna, Margarida Blasco, de avançar com serviço militar, como pena alternativa para jovens que cometem pequenos delitos.
Em declarações à Rádio Renascença, António Lima Coelho sublinhou que: “As Forças Armadas não são uma instituição correcional, nem uma instituição de reinserção social. Não há muito tempo atrás, para se ingressar nas Forças Armadas era necessário ter um registo criminal absolutamente limpo”.
O responsável defende que a intenção é uma “ideia peregrina que não faz qualquer sentido”.
“Esta ideia faz-me lembrar um pouco a ideia do senhor Putin, ao ir buscar os presos às prisões, para mandá-los para a frente de combate”, rematou.
Na semana passada, o ministro da Defesa, admitiu que o serviço militar poderia ser uma alternativa par jovens que cometeram “pequenos delitos”, em vez de serem colocados em instituições.
“Quantos destes jovens é que, se em vez de estarem institucionalizados sem nenhumas condições, pudessem cumprir um serviço militar, ter oportunidade de um exercício de formação, de autoridade, de valores, não poderiam ser mais tarde cidadãos muito melhores e simplesmente não lhes foi dada essa oportunidade?”, rematou.