Pelo menos 188 pessoas morreram na sequência das inundações que assolam a região do Quénia desde o mês passado. «Infelizmente, o país registou a morte de 188 pessoas devido às condições meteorológicas adversas», adiantou o Ministério do Turismo. Um número que supera a estimativa dos 179 mortos do relatório anterior e que pode ainda aumentar nos próximos dias.
Além dos mortos, havia a registar, ao fecho desta edição, 125 pessoas feridas e 90 desaparecidas. Os dados preliminares do Governo apontavam ainda para um total de 165 mil pessoas deslocadas.
O caso mais grave aconteceu no passado domingo quando uma barragem natural no centro do país rebentou devido à quantidade de chuva acumulada. Foram encontrados 52 corpos e 51 pessoas continuam desaparecidas perto de Mai Mahiu, no Vale do Rift, a cerca de 60 quilómetros da capital Nairobi.
O mau tempo afetou também os turistas com centenas a ficarem retidos devido a inundações causadas por fortes chuvas na famosa reserva nacional de Maasai Mara, no sudoeste do país.
O ministro do Turismo, Alfred Mutua, pediu a todos os hotéis e acampamentos que estão localizados junto de rios em reservas e parques nacionais que estejam preparados «para potenciais evacuações».
Estas problemas climáticos estão relacionados com o fenómeno El Niño que é associado ao aquecimento global e que provoca seca numas partes do mundo e cheias noutras. E não é só o Quénia a sofrer com este fenómeno em África. Na Tanzânia, por exemplo, as inundações e os deslizamentos de terra provocaram pelo menos 155 mortes.