Corrente socialista da CGTP critica colagem ao PCP

Acrescentou ainda que foi recusada uma proposta a apelar ao voto nas eleições europeias de 09 de junho

A corrente socialista da CGTP defendeu esta segunda-feira a autonomia da confederação sindical e criticou a colagem ao PCP. A posição surge depois de todas as suas propostas à resolução final do Conselho Nacional de 16 de maio terem sido recusadas.

Em comunicado, o secretariado nacional da corrente socialista da CGTP disse que a resolução final do Conselho Nacional foi aprovada sem qualquer proposta sua, uma vez que as várias propostas apresentadas “foram recusadas pelos sindicalistas da Corrente Sindical do PCP”. Daí, os sindicalistas socialistas não votaram favoravelmente a resolução.

O comunicado elenca as propostas apresentadas e recusadas, entre elas que a “atual situação política coloca à CGTP-IN a necessidade de valorização e reforço da unidade na diversidade, o aprofundamento da democracia interna”.

Outra das propostas recusadas de integrar a Resolução do Conselho Nacional falava sobre o ataque da Rússia à Ucrânia. Segundo a corrente socialista, a resolução denunciava e condenava o genocídio do povo palestiniano e defendia o Estado da Palestina, mas não tinha nada sobre a situação da Ucrânia. 

A corrente socialista disse que, após a sua proposta, a resolução passou a integrar uma referência à Ucrânia, mas “no meio de tantos outros conflitos mundiais perdendo a situação ucraniana a importância que possui”. Acrescentou ainda que foi recusada uma proposta a apelar ao voto nas eleições europeias de 09 de junho.

No comunicado, citado pela agência Lusa, a corrente socialista questiona o que “leva a maioria dos sindicalistas da corrente sindical do PCP na CGTP-IN a recusar propostas sobre convergências sindicais que beneficiem os trabalhadores, a solidariedade com os trabalhadores e o povo da Ucrânia, o combate à extrema-direita, o reforço da unidade e as eleições europeias”.

A nota defende ainda “a autonomia sindical da confederação face aos partidos políticos” e a recusa da “colagem das mensagens da CGTP-IN às do PCP” pois “só uma confederação plural e representativa serve os interesses da classe trabalhadora”.