O presidente da Câmara de Lisboa pediu audiências ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, com o objetivo de, em conjunto, tentarem resolver o problema das pessoas em situação de sem-abrigo na cidade.
Carlos Moedas disse, à margem da apresentação de 25 novos elementos da Polícia Municipal, ter enviado uma carta a Marcelo Rebelo de Sousa e outra a Luís Montenegro, defendendo que o “esforço para resolver o problema não pode ser só dos autarcas”.
“Lancei em Lisboa um plano de sete anos para tentar realmente fazer o mais possível pelas pessoas em situação sem-abrigo, um plano de 70 milhões de euros, mas isso não pode ser somente Lisboa, e por isso chamei os meus colegas da Área Metropolitana de Lisboa para olharmos em conjunto [para a questão]”, afirmou.
Para Carlos Moedas, situações como a que existe junto à igreja dos Anjos, com várias tendas de imigrantes concentradas, não pode ser abordada apenas pela executivo camarário, até porque muitas das pessoas que por lá pernoitam “não têm sequer documentação”, justificou o autarca.
O problema é “nacional”. “Todos temos de trabalhar em conjunto para resolver o problema”, acrescentou, sublinhando, à semelhante de declarações anteriores de Rui Moreira, que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo – AIMA “não está a funcionar”.
“Tem que atuar, tem que estar disponível, porque as pessoas não podem ficar anos à espera de ser recebidas”, frisou.
