Verão é sinónimo de calor e calor pede bebida fresca. Se escolhermos com álcool, é certo que a cerveja é a bebida mais pedida pelos portugueses para acompanhar um petisco. Principalmente se estivermos a falar de caracóis, até porque não é só com amendoins e tremoços que a cerveja cai bem. Seja imperial ou fino – dependendo da zona do país em que nos encontramos –, a cerveja é o ex-líbris do verão – ou inverno, porque há gostos para tudo. Os dados mais recentes não mentem: em 2022, em Portugal, cada cidadão bebeu 58 litros de cerveja. E este número representa um aumento de 20% face ao ano anterior, altura em que a média foi de 48 litros.
De acordo com o European Beer Trends, em média, cada pessoa consumiu seis minis – 20 cl – por semana, fazendo com que Portugal seja o 20.º país com maior consumo de cerveja por habitante, bem longe dos países que lideram o ranking com maior consumo.
A moda das artesanais
Alcoólicas e complexas, foram a pouco e pouco conquistando o seu espaço e já entraram na moda. Inicialmente, destinavam-se a nichos, mas já entraram no agrado do grande público. E, se ao início eram feitas em pequena escala – e, muitas vezes, até em casa –, já ganharam outra dimensão e a sua produção está mais complexa. A verdade é que a exclusividade é a alma do negócio e cada produtor aposta nas suas receitas ‘secretas’.
Vários especialistas do setor reconhecem que a cerveja artesanal chegou a Portugal mais tarde do que nos restantes países. Mesmo assim, já conseguiu conquistar a sua quota de mercado. A explicação é simples: este sucesso está relacionado com uma crescente procura por um produto diferenciado, com sabores e aromas mais fortes do que os da cerveja industrial. Quanto ao público, destinam-se a quem procura um produto de qualidade, não só em degustação, mas na procura de uma bebida natural. Daí que este mercado não queira concorrer com os grandes nomes das cervejas industriais, uma vez que está virado para a diferenciação.
O vinho também conta
Mas é preciso ter em conta que nem todos os portugueses que gostam e consomem petiscos são fãs de cerveja. Não há problema.
É para isso que servem também os vinhos, por exemplo. Os dados mais recentes do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) mostram que Portugal é o país do mundo que consome mais vinho per capita e o consumo tem vindo a aumentar nos últimos anos.
Há outros dados que mostram que Portugal consome 600 milhões de litros de vinho por ano, ainda que esteja abaixo de países como França e Itália. Consumimos, diz-se, em média 58 litros por pessoa, segundo um estudo da Bounce.
Ainda que a cerveja seja a bebida alcoólica mais eleita para acompanhar petiscos, o destaque vai também para o vinho branco ou para a sangria, que pode ser confecionada de várias formas: tinta, branca ou com espumante, com laranja, maçã, maracujá ou frutos vermelhos, o importante é que seja fresca, carregada de gelo e, se possível, partilhada com amigos num dia de sol.