Depois de a Irlanda, Espanha e Noruega anunciarem, na passada quarta-feira, que vão, oficialmente, reconhecer a Palestina como Estado independente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que este ainda “não é o momento adequado” para Portugal tomar essa decisão.
“A posição portuguesa é muito clara” explicou o chefe de Estado, acrescentando que “Portugal defende desde há muito tempo, na linha das Nações Unidas, a existência de dois povos e dois Estados”.
De acordo com Marcelo, “Portugal deu em determinado momento um passo quando entendeu que a Palestina devia ser associado, em termos de estatuto, no quadro do regime jurídico das Nações Unidas” e agora deu “outro passo, quando entendeu que [a Palestina] devia passar a membro de pleno direito nas Nações Unidas”.
“A posição de Portugal, e que não é a posição do Governo, ou do Parlamento, ou do Presidente, é a posição de Portugal como um todo, é a de entender que, dados estes passos nos momentos em que foram dados, não é este o momento adequado para dar esse passo. Quando for adequado, será adequado”, assentiu o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita de dois dias a Itália.