União Europeia acusa Israel de ameaçar Tribunal Internacional de Justiça

Josep Borrell rejeita acusações de antissemitismo e diz que essa é uma estratégia que Israel de “cada vez que alguém faz alguma coisa que Netanyahu não gosta”.

O Alto-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros sublinhou a importância de respeitar o cumprimento

das decisões do Tribunal Internacional de Justiça, que ordenou a Israel que suspendesse imediatamente a ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, o que não foi cumprido.

“É preciso respeitar o trabalho desta instituição e deixar o TIJ decidir sem intimidações […], não foi o que aconteceu, [o TIJ] foi ameaçado e o procurador foi acusado de antissemitismo”, disse Josep Borrell, à entrada para uma reunião ministerial, em Bruxelas.

O responsável aproveitou ainda para rejeitar as acusações de antissemitismo que Israel fez contra o procurador Karim Khan.

Josep Borrell trata-se de uma estratégia do governo israelita “cada vez que alguém faz alguma coisa que Netanyahu não gosta”. “É completamente inaceitável”, acrescentou.

No domingo, já depois de conhecida a ordem de suspensão imediata determinada pelo TIJ, um bombardeamento israelita contra um acampamento, que abrigava milhares de deslocados, em Rafah matou pelo menos 50 pessoas.