Governo defende que reconhecimento imediato da Palestina seria “inconsequente”

Pedro Duarte diz que posição do Governo “está a dar frutos” e “é apreciada pela própria Autoridade Palestiniana”.

O ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou, esta sexta-feira, que o reconhecimento imediato da Palestina “seria relativamente inconsequente”.

“Acreditamos muito no trabalho de mediação que estamos a fazer. Não é se calhar o caminho mais simples, o mais simples era um reconhecimento formal que era feito num momento imediato mas provavelmente seria relativamente inconsequente”, defendeu Pedro Duarte, num debate de atualidade na Assembleia da República agendado pelo Livre intitulado o “Reconhecimento do Estado da Palestina”.

O ministro sublinhou que o Governo português está a tentar, através de todos os canais, “ser mais útil e mais eficaz do que se calhar através de um mero reconhecimento” e lembrou a posição assumida esta semana por Paulo Rangel de que se “está a lutar pela solução do reconhecimento dos dois estados”.

“Quando nos perguntam por que razão Portugal ainda não concretizou esse reconhecimento formal, a resposta, não sendo simples, é clara, porque há dois caminhos para tentar contribuir para o fim deste ciclo de violência: através do reconhecimento da Palestina, tal como já fizeram diversos estados membros da ONU, sabendo nós infelizmente que esse reconhecimento não representa um cessar-fogo. Ou defendendo um debate alargado e equilibrado que permita preservar o consenso quanto à forma de avançar no sentido do reconhecimento da Palestina, investindo tudo numa ação diplomática exigente”, justificou.

Pedro Duarte disse mesmo que a posição do Governo “está a dar frutos” e “é apreciada pela própria Autoridade Palestiniana”.