O ministro das Finanças afirmou esta sexta-feira no “Portugal Capital Markets Day” que o Governo quer avançar com “reformas estruturais”, incluindo no sistema fiscal e no mercado. O objetivo é permitir que a economia cresça acima de 3% a médio prazo.
Joaquim Miranda Sarmento traçou como objetivo do executivo aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) potencial de Portugal, que atualmente “é próximo de 2%, um dos mais baixos entre a União Europeia no nosso nível de desenvolvimento”, para 3%.
“Esperamos que economia consiga crescer acima de 3% a médio prazo, o que vai permitir aumentar investimentos e criar mais empregos e manter finanças públicas saudáveis”, defendeu o ministro, em Lisboa, em discurso.
Para alcançar este objetivo, o governante enumerou um conjunto de reformas que o Governo quer encetar, começando por “reformar o sistema de impostos: tem litigação que demora muito tempo e tem níveis altos de taxação em IRS e IRC”.
“Pretendemos simplificar o sistema fiscal para dar mais recursos para as empresas ao baixar IRC para 15%, e dar mais recursos às famílias ao baixar o IRS e também queremos melhorar a justiça fiscal”, disse, citado pela agência Lusa.
O Executivo espera também “fazer algumas reformas no mercado laboral”, que o ministro caracteriza como “muito rígido, com altos níveis de insegurança para os que estão a entrar no mercado”. Para Miranda Sarmento, estas “reformas estruturais vão permitir criar melhores oportunidades para ter melhores salários e empregos e manter finanças públicas equilibradas”.