São as primeiras jornadas parlamentares após o regresso do CDS à Assembleia da República e o líder da bancada centrista, Paulo Núncio, quer aproveitar para mostrar a unidade de um partido em reconstrução com uma aposta na conquista do eleitorado jovem.
Dar visibilidade às duas áreas em que o partido ocupa pastas governativas é outra prioridade. Segurança e Defesa vão ter espaço próprio nos dois dias das jornadas, com intervenções de Telmo Correia, secretário de estado da Administração Interna, e Nuno Melo, ministro da Defesa.
Paulo Portas, José Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro são os três ex-líderes que vão falar a um grupo parlamentar que agora tem apenas dois deputados, mas que quer aproveitar a legislatura para crescer e voltar a tempos passados quando os centristas tinham uma bancada confortável no Parlamento. Nesse sentido, o primeiro dia de trabalhos terá um painel para fazer a história de 50 anos de CDS no Parlamento, um debate em que participam três antigos líderes da bancada centrista:_Cecília Meireles, Luís Pedro Mota Soares e Nuno Magalhães. Ao grupo de oradores junta-se José Ribeiro e Castro.
A aposta na conquista do eleitorado jovem abre os trabalhos, com um painel composto por cinco jovens que vão debater o tema ‘Construir o futuro com as novas gerações’. Logo de seguida, Manuel Monteiro falará aos deputados sobre o trabalho de formação política que tem levado a cabo no Instituto Adelino Amaro da Costa (IDL), que lidera há mais de um ano.
O segundo dia das jornadas fica reservado para os temas da defesa e da política internacional , com Paulo Portas e Nuno Melo a protagonizarem as principais intervenções.
Depois de Nuno Melo ter querido assinalar com pompa o regresso dos deputados do CDS à AR, tendo simbolicamente voltado a aparafusar a placa do grupo parlamentar em São Bento, os próximos dias 15 e 16 são uma ocasião para o partido tentar mostrar como continua a fazer a diferença na cena política nacional, tirando o máximo proveito da circuntância de este regresso coincidir com uma presença no Governo de Luís Montenegro.
Tal como aconteceu noutras circunstâncias em que PSD e CDS estiveram coligados no Governo, Pedro Duarte, o ministro social-democrata dos Assuntos Parlamentares, vai encerrar os trabalhos.