Pedro Nuno Santos lamentou, esta quarta-feira, no início do debate do Estado da Nação, a “arrogância” de Luís Montenegro.
“Lamento profundamente a arrogância desta intervenção. Nós não ouvimos a intervenção de um primeiro-ministro, mas sim de um líder político em combate com a Assembleia da República e com o país”, disse o secretário-geral do PS.
Na sua intervenção inicial, Montenegro apresentou quatro pontos que definem o atual Estado da Nação: “a nação está em transformação”, “a nação vive com confiança”, “a nação tem e vai continuar a ter a execução de um programa de mudança” e “a nação tem muita confusão na oposição”.
Para Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro “não exige lealdade ao Parlamento”, mas “presta contas ao Parlamento e executa o que o Parlamento decide”, pedindo “respeito pela democracia”, e remata: “a derrota nas europeias e as sondagens deviam exigir de si mais humildade.”
Por sua vez, Luís Montenegro considerou que Pedro Nuno Santos “continua a confundir conceitos e continua a confundir a lealdade e a seriedade política com a arrogância. E faz mal, porque assim vai manter-se num equívoco que já devia ter resolvido na sua ação política”, disse.
Além disso, continuou o primeiro-ministro, “não deixa de ser irónico” que o líder do PS lhe peça para “ter mais humildade com as sondagens”, e explicou: “é só irónico porque é exatamente isso que eu quero aqui afirmar: é uma postura de humildade apesar das sondagens serem tão boas para o primeiro-ministro”.