Desde que publicou em 2012 A Primeira Cruzada – O apelo do Oriente, Peter Frankopan tem cimentado o seu estatuto de estrela do mundo académico. Flho de mãe sueca e pai croata (os Frankopan são uma antiga família nobre daquele país, cujo castelo à beira do Adriático remonta ao século XII), estudou no exclusivo Eton College, licenciou-se em História Bizantina em Cambridge e fez o doutoramento em Oxford, onde atualmente é professor.
Ao livro sobre a Primeira Cruzada seguiu-se As Rotas da Seda, que cobre um período de três mil anos. Diz que, sem ele, não poderia ter escrito A História do Mundo – Do Big Bang até aos Dias de Hoje, recentemente publicado em Portugal, como os outros dois, pela Crítica.
É este grosso e ambicioso volume que serve de tema a uma conversa em que se fala de curiosidade, da importância da ciência para o historiador, dos desafios climáticos e das maravilhas do mundo, mas também de futebol, de aviões a jacto e da «estupidez e egoísmo dos seres humanos».
Este livro não só se propõe contar toda a história do mundo como o faz sob o ponto de vista completamente novo da ecologia e das condições climáticas. Escrevê-lo foi uma tarefa a tempo inteiro ou continuou com a sua vida e com as suas aulas?
Este livro levou cerca de dez anos a escrever e foram precisos 20 a 30 anos para a pesquisa. O que acontece é que começamos a juntar ideias e depois precisamos de tempo para as encadear. Nos últimos 20, 25 anos, o impacto da ciência na forma como pensamos a História tem transformado o meu campo de estudo, porque temos à nossa disposição arquivos climáticos que nos permitem olhar para trás com novos dados, com análises, com genómica… A questão é como se conta essa história em apenas 700 páginas e não em 7000. E dei por mim a pensar: faço isto a partir da história humana, falando dos romanos ou qualquer coisa desse género? Acho que a grande questão é que não pensamos o suficiente em termos de história planetária. Um dos meus exemplos favoritos é o Manchester City. Gosta de futebol?
Q.b.
Mas sabe que o City é provavelmente a melhor equipa do Reino Unido.
E talvez do mundo.
Se perguntar aos adeptos por que é que o Manchester City é a melhor equipa do mundo, a maior parte deles vai dizer: ‘Porque tem o melhor avançado centro’, ‘Porque tem muito bons centrocampistas’, ‘Porque tem o melhor treinador, Guardiola’. Também podem dizer que tem ótimas instalações de treino, tem os melhores nutricionistas e médicos. Mas a resposta honesta à pergunta ‘Porque é que o Manchester City é o melhor clube da atualidade?’ é que, há cerca de 300 milhões de anos, as temperaturas e o clima mudaram e criaram as grandes bacias de hidrocarbonetos. E uma delas está sob a areia e o mar de Abu Dhabi.
[risos]
Isso significa que Abu Dhabi tem riqueza quase ilimitada e investe em muitas coisas, desde energia limpa a grandes centros comerciais. Mas também em clubes de futebol. Isto é uma maneira diferente de olhar para as coisas que exige muito tempo e muita pesquisa. Mas acho que é bom tentar pensar em grande e ser ousado, até porque os historiadores geralmente são recompensados por serem apenas micro.
Muito especializados?
A investigação de topo é quase sempre micro. Mas nem sempre tem ligação ao mundo real. Às vezes temos de romper com essas pequenas redomas. Tenho aqui 5.000 notas de rodapé, todas de microestudos em grande parte feitos por colegas e muitos até por amigos meus. Mas também me parece importante envolvermo-nos com o mundo real, levantarmos questões sobre como o mundo vai mudar ambientalmente, e tentar ver o que aconteceu no passado. Isso exige tempo. Provavelmente, se não tivesse ficado fechado em casa por causa da covid levaria mais um par de anos a escrever o livro. Mas tenho a sorte de ter um trabalho que adoro. Todas as manhãs acordo com vontade de aprender algo novo e quando à noite volto para a cama gosto de pensar que de facto aprendi qualquer coisa. É ótimo termos um grande projeto como este, porque somos pressionados a pensar em mais e mais coisas de maneiras diferentes. Sinto que depois disto sou muito melhor historiador e até melhor pessoa, porque fui obrigado a pensar em coisas em que nunca imaginei que tivesse de pensar.
Quando se fala em clima há muita ciência envolvida – geologia, climatologia, química, estatística, campos em que muitos historiadores preferem não entrar. Isso constituiu para si uma dificuldade acrescida?
Algumas pessoas têm medo de aprender. Eu acho ótimo dizer: ‘Isto é o que eu não sei, como é que vou descobrir?’. Estou numa das melhores universidades do mundo, onde há pessoas com quem almoço todos os dias a quem posso pedir que me expliquem física quântica ou como se extrai metal das rochas. Ter especialistas mundiais a quem posso recorrer ajuda muito. Mas também acho que, quando queremos, não é assim tão difícil aprender. Exige tempo, disciplina e acima de tudo dedicação. Portanto não vejo essa aprendizagem de ciência como uma dificuldade. Aprender não me assusta. E faço parte de uma geração de charneira – acho que os historiadores do futuro não poderão escrever sobre história sem pensarem nas ciências. Uma pessoa sozinha não pode saber tudo, claro, por isso temos de trabalhar uns com os outros e colaborar melhor. Foi um desafio, mas adorei. Se me puserem à frente uma montanha, quanto maior, melhor. E não consigo imaginar uma montanha maior do que uma história do mundo que comece no Big Bang e vá até aos dias de hoje. Afinal, de que é que me serve ser professor em Oxford se não tentar fazer algo ambicioso?
Mas tenho uma dúvida. Se for a uma livraria, na secção de História vou encontrar livros e mais livros sobre o Egipto, Roma, a Idade Média, Napoleão, a Segunda Guerra Mundial… E depois ainda há os artigos altamente especializados a que faz referência nas notas do seu livro. Como consegue ‘dominar’ toda essa informação sem ficar esmagado?
Quando estamos a fazer um livro sobre a exploração do ambiente natural há momentos em que esse excesso de informação se torna incontrolável. A parte mais difícil é conseguir que o leitor nos acompanhe e para isso vamos introduzindo aspetos familiares, como Cleópatra e o Império Romano, sobre os quais a maioria das pessoas sabe qualquer coisa. E depois vamos alargando os limites, por exemplo, falando sobre as relações do Império Romano com o Oceano Índico, e como o sacrifício de cavalos nos textos védicos da Índia tem paralelo com sacrifícios que se faziam na mesma época em Roma. Isso foi um mero acaso? O meu trabalho é ler, aprender e pensar, e um livro destes é uma espécie de enciclopédia que nos diz tudo o que precisamos de saber. Essa parte de montar o quebra-cabeças requer muita paciência. Acho que qualquer escritor lhe dirá que quando está a escrever um livro fica muito irritadiço, muito egoísta, sempre a pensar no que vai escrever. Durante o confinamento, eu chegava sempre atrasado para o almoço, os meus filhos já estavam à mesa… E das duas uma: ou tínhamos uma conversa normal ou íamos começar a falar sobre o declínio dos maias…
Há pouco referiu Cleópatra. Existem dados sólidos, fiáveis, sobre o clima no tempo de Cleópatra ou sobre a Pequena Idade do Gelo [séculos XVI-XIX]?
Há várias fontes escritas que dizem que, logo a seguir ao assassínio de Júlio César [44 a.C.], o sol está muito fraco. Também há relatos da subida dos preços dos alimentos, relatos de revoltas de escravos, tumultos sociais. Alguma coisa está a correr mal. Muito recentemente, há quatro ou cinco anos, foi encontrada no gelo ártico da Gronelândia a ‘assinatura’ de uma erupção do vulcão Okmok no Alasca que pode ser datada com muita precisão. E isso permite-nos dizer que é provável que a razão por que o Nilo não teve as cheias habituais e as colheitas falharam estivesse relacionada com essa erupção. Depois podemos olhar para a forma como Cleópatra tenta solucionar os problemas económicos e sociais – vai a Roma para fazer alianças, mas acaba por não ser bem-sucedida. E aí o desafio do historiador é contar a história sem dizer: ‘A Rainha Cleópatra matou-se com a mordedura de uma cobra venenosa por causa de um vulcão’. Um bom historiador, penso eu, tenta sempre avaliar vários fatores. Um dos principais neste caso é sem dúvida o problema económico que provavelmente está relacionado com o falhanço das colheitas. Se isso se deveu só à erupção, se também houve outras razões, não podemos ter a certeza. Por exemplo, quando começa a faltar comida, as pessoas compram mais para ficarem com provisões. Foi o que se passou com o papel higiénico durante a pandemia. Quando se soube que podia faltar, a atitude lógica era usá-lo com parcimónia. Em vez disso, muitas pessoas foram ao supermercado e compraram 500 rolos. Isso só agravou o problema. Voltando à pergunta, tanto quanto podemos ver os dados climáticos são sólidos. A Pequena Idade do Gelo é um pouco mais complicada. Ainda há muita discussão. Quando começa? Onde começa? Aplica-se a todo o mundo? O que temos é muita arte que mostra neve.
Pinturas de pessoas a patinar no gelo.
Mas, como apontou um colega meu, pode ser apenas uma questão de gosto: as pessoas gostavam de pinturas de neve. O que é interessante na Pequena Idade do Gelo é que há diferentes formas de as pessoas se adaptarem às temperaturas mais baixas. Por exemplo, em casas muito grandes, as pessoas começam a mudar-se para divisões mais pequenas, que são mais fáceis de aquecer. Um colega meu sugeriu que, se as pessoas vivem em divisões mais pequenas, isso promove a partilha de informação discreta – é a era do boato. A Pequena Idade do Gelo é uma época má para a maioria dos estados europeus. Mas para os holandeses é o período em que estão melhor. Como se explica o sucesso de algumas regiões? Parece que nas décadas de 1730 e 1750 há uma mudança nos ventos dominantes e isso altera em 70 quilómetros a distância que os navios podiam navegar num dia. Não é preciso ser um génio para perceber que se os meus custos são mais baixos, se não preciso de levar tanta comida nem tanta água e me desloco mais depressa, consigo obter mais lucros. E nesse caso pouco importa se está mais frio ou não.
Platão comparou a terra, que costumava ser «gorda e fértil», a um homem doente. Parece-nos uma imagem que podemos aplicar à nossa época, mas tem 2400 anos. Ao mesmo tempo, julgo que nunca se viveu uma época de tanta abundância como hoje…
Parece-me muito interessante que alguns dos mais antigos textos que nos chegaram, muito antes de Platão, se refiram ao impacto humano no ambiente, à falta de sustentabilidade, ao empobrecimento dos solos, e digam que se formos estúpidos destruímos o mundo à nossa volta. Na Antiga Grécia, e mesmo antes, já se discutia que se cortarmos as árvores alteramos os padrões da chuva, que se urinarmos para os rios provocamos doenças. Essas observações de que o mundo é frágil e precisa de ser cuidado aparecem já na literatura védica da Índia. Também podíamos falar sobre a Bíblia. Quando Deus fica zangado porque os humanos são egoístas, estúpidos e desobedientes, diz a Noé para construir uma arca, e destrói todos os outros homens com uma chuva catastrófica, algo que podemos verificar nos registos da precipitação, mas também no texto mesopotâmico de Atrahasis, em que há uma chuvada maciça, que é um castigo pela estupidez e egoísmo dos seres humanos. Embora vejamos a crise ambiental como algo muito recente, ela tem um grande lastro. A grande diferença é que hoje temos as temperaturas mais quentes dos últimos 25 mil anos, pelo menos, e a concentração de dióxido carbónico mais alta dos últimos dois milhões de anos. Platão vivia em condições muito parecidas com as de Vasco da Gama. Mas a aceleração atual é extremamente intensa. E o facto de sermos tantos só piora as coisas. O que vai acontecer depende da nossa compreensão destes problemas e de como reagirmos a eles, através da inovação, da invenção e da adaptação. Mas suponho que podemos considerar que até aqui temos sido bastante bem-sucedidos a transformar o mundo.
E a reproduzirmo-nos.
As pessoas que anteviram que se a população aumentasse demasiado muitos de nós morreriam de fome, até ver, estavam erradas. Mas se pensar que aqui em Portugal morrem cinco vezes mais pessoas por causa da poluição do ar do que em acidentes de automóvel e que ingerimos cerca de 100 mil partículas de microplásticos por dia… Não é preciso ser um ambientalista para perceber que isso não é boa ideia. Nós somos aquilo que pomos nos nossos corpos.
Fui pesquisar o índice remissivo do seu livro e não encontrei alguns nomes que seria normal encontrar numa História do Mundo, como Leonardo da Vinci ou Beethoven. Ao afastarmo-nos, para obtermos uma perspetiva mais abrangente do planeta, vamos perdendo de vista o indivíduo?
Em parte foi deliberado. O problema é que se fosse incluir Da Vinci ou Beethoven, o livro ficaria ainda maior. Frederico da Prússia, que é um pouco anterior a Beethoven, entra porque se interessa pela ecologia mais ainda do que pela guerra. Poderia ter incluído um facto anedótico e dizer que Beethoven também foi influenciado pela natureza. Beethoven estaria presente, mas não de uma forma substancial ou com significado. Por outro lado, o confortável mundo ocidental em que toda a gente conhece os nomes de Da Vinci e Beethoven não se reflete no mundo mais abrangente em que eu trabalho. Ninguém saberia dizer o nome de um pintor ou compositor chinês, do Médio Oriente ou da África subsariana. Se queremos fazer justiça à cultura global, então visitemos lugares e povos que não contemplamos habitualmente. Aí torna-se um grande projeto, e se conseguir trazer tudo isso para o meu livro sinto que marquei pontos. Quanto à observação sobre a importância do indivíduo, no mundo em que vivemos parece que tudo se resume a Trump, Putin ou Xi. Ora, a minha profissão lutou muito nos últimos 50 ou 60 anos para combater essa maneira de pensar a História. Ninguém toma decisões sozinho. Não foi apenas Hitler que planeou o genocídio dos Judeus. Não é apenas Putin que está a atacar a Ucrânia. Em parte trata-se de pensar em termos de comunidades. Se nos concentrarmos sempre nos mesmos não fazemos avançar a História.
Por vezes parece pessimista em relação ao progresso. Não fica pasmado quando olha para um belo edifício ou para um avião a jacto?
Sim, são verdadeiros prodígios, coisas gloriosas. Ou o prazer de nos sentarmos numa sala de concerto a ouvir uma peça musical ou de tomarmos um café com grãos que vêm da Colômbia ou de Java. Vivemos num mundo maravilhoso. Mas temos de ver o outro lado. Também é um mundo de genocídios, de sofrimento, de pobreza e de injustiça. Mesmo aqui em Lisboa, basta andarmos 200 ou 300 metros a partir daqui para encontrarmos pobreza alimentar. Há vozes e modos de vida a que damos pouca importância. Em relação a como vamos enfrentar os desafios de amanhã, acho que a ciência, a inovação, o empreendedorismo vão resolver muitas das questões que nos preocupam. Putin vai ficar para a história como um dos grandes catalisadores das energias renováveis. Estávamos dependentes do petróleo e do gás russos, e as sanções por causa da invasão da Ucrânia obrigaram-nos a fazer a transição energética, o que será benéfico a longo prazo. Estou otimista em relação ao engenho, à inovação, a todas estas coisas que nos aproximam, como os aviões a jacto, que acho uma coisa maravilhosa. Mas também foi por isso que a pandemia alastrou globalmente, porque nos ligamos mais depressa do que nunca. Escrevo um par de linhas sobre isso no livro. A American Airlines e a Google estão a usar inteligência artificial para otimizarem rotas de voo, porque há um pequeno número de voos que são mesmo prejudiciais para o ambiente. Se mudarmos a altitude ou a rota do voo, tanto quanto mostram os modelos de IA, reduzimos o impacto. O mesmo com a navegação. Se reduzirmos a velocidade dos navios em 10%, as emissões de carbono caem 30%. São soluções simples. Há imensas maneiras de melhorar o mundo. Mas digo isto ao mesmo tempo que metade da população tem falta de água durante algumas alturas do ano, e em que mil milhões de crianças, segundo a UNICEF, já estão a sentir os efeitos das alterações climáticas. Neste preciso momento, estão a registar-se as temperaturas mais altas de sempre na Índia. São coisas com que temos de nos preocupar hoje, não amanhã.
O_ritmo do aquecimento é o mesmo em todo o planeta?
As projeções apontam que no pior cenário as temperaturas aqui em Portugal vão subir oito graus até 2100. Provavelmente não chegará a esse extremo. Mas não é preciso ser um especialista para ver os fogos florestais e as ondas de calor dos últimos anos. A Europa está a aquecer mais rapidamente do que qualquer outro continente. Daqui a poucos dias a Cidade do México pode ficar sem água. No verão do ano passado, Montevideu, a capital do Uruguai, o país mais rico da América do Sul, ficou sem água. Como escrevo no meu livro, não sei se no futuro vai continuar a ser possível fazer a peregrinação a Meca.
Este ano morreram mais de mil peregrinos por causa do calor extremo.
Milão projeta ter temperaturas de 50 graus no verão daqui a 30 ou 40 anos. Talvez possamos tornar-nos mais limpos e mais verdes. Mas desde que eu nasci, em 1971, o equivalente a 25 mil milhões de explosões de Hiroxima foram absorvidas pelos oceanos. Isso tem de ter consequências.
Uma última questão. É professor em Oxford, já ensinou em várias universidades de elite na Europa e nos Estados Unidos. Que tipo de alunos tem? São snobs, meninos ricos, mimados?
Embora possa haver a ideia de que em Oxford toda a gente usa um chapéu alto e leva um cavalo para as aulas – ou um Ferrari – a verdade é que a quantidade de meninos ricos nestas universidades caiu espetacularmente nos últimos 20, 30 anos. Se quiser entrar em Oxford, o obstáculo não é o dinheiro ou os pergaminhos, mas a capacidade intelectual. Não se consegue entrar graças a ligações familiares nem com dinheiro, é preciso talento puro. Os filmes mostram meninos ricos e estúpidos que só tomam drogas, se divertem e não trabalham nada – as coisas não são assim. Por exemplo, na primeira semana pergunto aos meus alunos coisas do tipo: ‘Como pensar nas cruzadas lendo apenas fontes árabes?’. São perguntas difíceis, a maioria dos miúdos mimados não querem fazer esse tipo de trabalho. Preferem estar numa discoteca na praia ou na boa vida. Os alunos que temos são muito ambiciosos, muito espertos. É um pouco como as forças especiais. Têm muita sorte de estar ali e sabem disso. Aquilo que procuramos são as próximas pessoas que podem mudar o mundo. Seja na academia, seja a trabalharem em caridade, ou professores, ou polícias ou a ajudar no governo. Ensinamo-los a identificar problemas, a fazer as perguntas certas e a pensarem em como resolvê-los.