PS só aceita “pacto de regime” para a Saúde consoante as medidas

O deputado João Paulo Correia, oordenador do Grupo Parlamentar do PS na comissão da Saúde rejeitou o desvio recursos públicos do SNS para o setor privado.

O deputado do Partido Socialista (PS), João Paulo Correia, considerou, esta terça-feira, que os socialistas apenas ponderariam o pacto de regime para a saúde, sugerido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, consoate as medidas e as políticas que estariam em causa.

O socialista é contra qualquer desvio de recursos públicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o setor privado.

Na passada segunda-feira, o chefe de Estado falou na importância de um “pacto de regime”, de modo a haver continuidade na política e garantir estabilidade, algo que, na ótica do Presidente, é “fundamental”, nomeadamente para o SNS.

João Paulo Correia, quando interrogado sobre a ideia sugerida por Marcelo, considerou que: “Um pacto de regime para a saúde não pode ser respondido ‘sim’ só porque sim ou não só porque não”. O socialista realçou que o “SNS é com certeza de superior interesse público”.

O coordenador do Grupo Parlamentar do PS, na comissão da Saúde, explicou que esta “questão tem a ver com um pacto de regime sobre que medidas”, isto é, de que políticas é que se está a falar para o futuro do SNS.

“Só depois de sabermos exatamente quais são as medidas que o Governo pretende como alternativas do plano de emergência é que é possível fazer considerações e comentários sobre isso”, respondeu.

Contudo, o socialista entende que existe um “princípio inabalável para o PS de que qualquer nova medida, qualquer política para o SNS tem que passar por reforçar o SNS e não desviar recursos públicos para o privado”.

O PS defende que o privado “deve “continuar a existir numa lógica de complementaridade”.