O ministro da Defesa Nacional afirmou querer atingir os 32.000 efetivos nas Forças Armadas até final da legislatura. Nuno Melo defendeu que um ex-militar tem direitos constitucionais, incluindo o envolvimento na política.
Em entrevista à RTP na quarta-feira à noite, o governante foi questionado sobre que objetivo tem até ao final da legislatura, previsto para 2028, para a recuperação de efetivos nas Forças Armadas, atualmente a rondar os 23.000
O governante também foi questionado sobre se concorda com a ideia de que os ex-militares devem ter o direito de se envolver na política. “Mal seria que alguém que deixa de ser militar fosse cerceado dos seus direitos constitucionais. Não seria só um absurdo, seria uma violação flagrante da lei e da Constituição”, respondeu Nuno Melo.
O ministro realçou que “uma das grandes virtudes do amadurecimento da democracia portuguesa foi o da subordinação do poder militar ao civil” e que “essas restrições acontecem enquanto um militar está em funções”.
“No momento em que um militar deixa de estar em funções é um cidadão e, portanto, toma as decisões que bem entenda e mal seria que isso pudesse ser limitado e isso vale para qualquer militar”, sublinhou, lembrando que existem ex-militares que desempenham papéis relevantes na vida civil “porque normalmente os militares são, enquanto pessoas, muito qualificados”.
Sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025, Nuno Melo disse acreditar que “no final o interesse nacional irá prevalecer” e voltou a criticar o Chega, acusando-o de “preferir ser parte do problema em vez de ser parte da solução”.