Fnam admite paralisação conjunta dos profissionais de saúde

Na terça-feira, “2/3 dos médicos fizeram greve” e que é esperada idêntica adesão durante o dia de hoje

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) admite uma paralisação conjunta dos profissionais de saúde, caso “nada seja feito” para resolver os problemas do setor.

“Se nada for feito, nós eventualmente até teremos que paralisar conjuntamente”, afirmou Joana Bordalo e Sá esta quarta-feira em frente ao Hospital de São João, no Porto, numa análise à atual greve dos médicos.

A presidente da Fnam assumiu que, na terça-feira, “dois terços dos médicos fizeram greve” e que é esperada idêntica adesão durante o dia de hoje. 

“Sente-se muito a nível dos blocos cirúrgicos. É, de facto, onde se sente mais. Portanto, foram milhares de cirurgias programadas que acabaram por ser canceladas, adiadas, assim como em termos de consultas de especialidade a nível hospitalar e consultas dos médicos de família nos centros de saúde”, afirmou.

Joana Bordalo e Sá, citada pela agência Lusa, acrescentou que “também os internamentos de medicina interna sofreram um forte impacto”, o que demonstra mesmo o descontentamento que existe entre os médicos”. 

A dirigente da Fnam frisou que “algo tem que ser feito para termos melhores condições de trabalho e salários mais justos” afirmando que a “ greve coincidiu com a dos enfermeiros, não foi concertada, mas acaba por não ser coincidência de alguma forma, porque todo o setor da saúde está descontente”.