O Partido Liberal Social já formalizou o pedido de registo como partido político no Tribunal Constitucional com a apresentação de 7.800 assinaturas, assim como a entrega da declaração de princípios e do projeto de estatutos. O fundador do partido, José Cardoso – ex-candidato à liderança da Iniciativa Liberal (IL) e que bateu com a porta ao partido liderado por Rui Rocha no início deste ano – afirmou que a formação política tem «vontade de governar» e que tenciona concorrer às próximas eleições autárquicas, que se realizam no próximo ano.
Para já, esclarece que o futuro partido «passa agora pelo processo de angariação dos membros fundadores, rumo à realização da sua primeira Convenção Nacional», referindo que a «comissão instaladora está consciente de que este é um processo de apresentação de uma nova solução política para Portugal e por isso um projeto de longo prazo».
A comissão instaladora revela também que esta nova solução política assenta no liberalismo por serem «apaixonados pela liberdade individual de cada cidadão, pela diferença de opiniões e pelo respeito por essa diversidade, onde cada indivíduo decide como quer viver», na vertente social ao apresentarem «um olhar atento sobre a sociedade, sobre as suas dinâmicas, na procura de uma sociedade justa, próspera, em que todos têm oportunidades, enquadrada na cultura europeia de estados de bem-estar», na ecologia, defendendo «o equilíbrio entre o homem e o meio ambiente em que se insere, procurando inovação, para melhorar os processos que impactam na natureza, buscando a sustentabilidade» e apresentando-se ainda como «opositores aos autoritarismos de esquerda, de direita, conservadores, progressistas, coletivistas ou socialistas» por considerarem que «o autoritarismo é uma forma de imposição de restrição da liberdade individual».
Quando saiu da IL, José Cardoso admitiu ao nosso jornal que estava disponível para formar um novo partido e admitiu que, mesmo que dure «três, quatro ou cinco anos, mas desde que consiga falar com 1,5 milhões de pessoas e que passe valores liberais, já será positivo». A ideia passaria por «lançar um projeto com desprendimento, com vontade de dar espaço às pessoas e que tenha prática liberal», alegando o fundador que «não há atualmente nenhum partido com essa prática, nem mesmo a IL, assente em poderes descentralizados e em candidaturas nominais».