A ministra da Saúde admitiu, esta quarta-feira, o recurso à Força Aérea no transporte de emergência médica, acrescentando que o relatório do grupo de trabalho que estuda esta possibilidade será entregue este mês.
As declarações de Ana Paula Martins foram feitas no Parlamento, onde a ministra está a ser ouvida na comissão de Saúde, a pedido do PCP e do PS, sobre o INEM e a aquisição de helicópteros de emergência médica.
Recorde-se que o Tribunal de Contas aprovou, em agosto, um contrato por ajuste direto com a empresa Avincis, no valor de 12 milhões de euros e com a validade de um ano, para o fornecimento de helicópteros ao INEM. Segundo a governante, o ajuste direto está previsto para um ano e não para seis meses por exigência da empresa.
Segundo a ministra, até ao final desse período, estão três cenários em cima da mesa, a abertura de concurso público internacional até final do ano; uma solução com as Forças Armadas (FA); e uma solução de concurso internacional em modelo híbrido, usando em parte meios das FA.
“Há um grupo técnico que entregará um relatório sobre este assunto ainda em outubro e que dirá se é ou não possível usar meios das Forças Armadas”, afirmou Ana Paula Martins.
“Pedimos ao novo presidente INEM que estudasse a hipótese de outras empresas, fora da Europa, poderem aparecer a concurso. (…) Uma coisa garantimos: os portugueses e a emergência médica não vão ficar sem helitransporte. Mas queremos ter a certeza de que o interesse público será garantido”, acrescentou.