Angola quer devolução de quase 2.000 milhões para ajudar na luta anticorrupção

“É hora de exigir que os vários Estados, que foram os destinos dos recursos ilicitamente adquiridos, se juntem ao esforço que o nosso país tem feito e disponibilizem esses recursos que pertencem ao povo angolano para que sejam colocados ao serviço da economia nacional”, declarou o Presidente, sendo depois aplaudido. 

O Presidente de Angola afirmou, esta terça-feira, que “está na hora” de outros países ajudarem na luta anticorrupção, e pediu, para esse fim, um pedido de devolução de quase dois mil milhões de dólares a várias nações, incluindo Portugal. 

“É hora de exigir que os vários Estados, que foram os destinos dos recursos ilicitamente adquiridos, se juntem ao esforço que o nosso país tem feito e disponibilizem esses recursos que pertencem ao povo angolano para que sejam colocados ao serviço da economia nacional”, declarou o Presidente, sendo depois aplaudido. 

João Lourenço falava na abertura do ano parlamentar na Assembleia Nacional, numa mensagem destinada à população sobre o Estado da Nação, tendo elencado a moralização da sociedade e o combate a corrupção como as principais prioridades do executivo.  

Segundo o Presidente, as ações do executivo permitiram recuperar, desde agosto de 2023, bens imóveis, participações e recursos financeiros avaliados em mais de 1,8 mil milhões de dólares (1,65 mil milhões de euros).

Neste sentodo, foi requerida a restituição de mais 1,9 mil milhões de dólares (1,74 mil milhões de euros) aos seguintes países: Portugal, Bermudas, Suíça, Singapura, Luxemburgo, Namíbia e Emirados Árabes Unidos, na sequência de processos judiciais com decisões transitadas em julgado.