Sem reforço da entrada de emigrantes faltam condições para executar obras

“Quando as empresas têm contrato assinado com eles e lhes dão garantia de habitação e garantia de trabalho, não há razão para evitar a entrada destas pessoas”

O ministro-adjunto e da Coesão Territorial disse esta quinta-feira que sem um reforço da entrada de imigrantes “não haverá condições” para executar atempadamente todas as obras financiadas com fundos europeus. Daí o Governo estar a “preparar medidas” facilitadoras.

“O Governo está a preparar medidas, designadamente neste setor específico da construção civil, para facilitar a entrada de imigrantes”, afirmou Manuel Castro Almeida na Assembleia da República. O governante salientou que “quando as empresas têm contrato assinado com eles e lhes dão garantia de habitação e garantia de trabalho, não há razão para evitar a entrada destas pessoas”.

Na audição, que decorreu no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o ministro alertou que, com os meios atualmente disponíveis em Portugal, “aparentemente não vai ser possível executar dentro do prazo” todas as obras financiadas com fundos da União Europeia.

“Está a acontecer uma realidade que implica muito com uma questão que é muito séria, que é a questão da imigração: Com os meios que temos atualmente em Portugal, aparentemente não vai ser possível executar tudo dentro do prazo”, afirmou, citado pela agência Lusa. 

Enfatizando que “ou há um reforço de entrada de imigrantes, designadamente para a área da construção civil, ou não haverá condições de executar estas obras”, Castro Almeida avisou: “É preciso que o parlamento tome consciência global do alcance das suas posições”.