Marcelo considera que Direção Executiva do SNS “correu mal” desde o início

Chefe de Estado vê na escolha de Álvaro Santos uma “solução defensiva” do Governo. Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que é preciso esperar pela investigação para se saber quem é que sabia da incompatibilidade de Gandra d’Almeida.

O Presidente da República considera que a Direção Executiva do SNS correu mal desde o início “até aqui”, mas mostrou-se otimista numa futura estabilidade com a nomeação de Álvaro Almeida, que classificou como “uma solução defensiva”.

Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, esta terça-feira,  disse aguardar pela investigação sobre a acumulação de funções de António Gandra d’Almeida, que levou à sua demissão, para se saber “qual era a situação efetiva global” e “quem é que sabia dessa situação”.

Sobre a nomeação de Álvaro Almeida como novo diretor-executivo do SNS, o chefe de Estado acredita que o Governo quis uma alternativa segura, ao escolher alguém com “confiança partidária”, com percurso na “gestão da saúde” e já “com alguma idade, já com alguma experiência”.

“É nitidamente uma solução defensiva. Defensiva, para garantir uma estabilização”, disse, sublinhando que “o problema seguinte é decidir o que fazer ao instituto”.

A expectativa do Presidente é que se “estabilize finalmente uma solução duradoura” para a Direção Executiva do SNS, que “desde o início da conceção correu mal, porque foi uma ideia que demorou um ano total a ser lançada” e que “quando foi lançada já o Governo [do PS] que tinha lançado já não era Governo”, e quando “entrou um novo Governo [PSD/CDS-PP], logo a seguir sai a figura do presidente [Fernando Araújo] para a qual de alguma maneira tinha sido concebida também a solução”.

Agora, Álvaro Almeida, considera Marcelo Rebelo de Sousa, “tem todas as condições políticas de confiança do Governo e dos partidos do Governo para cumprir esta missão”, defendeu.