A IL propõe no programa eleitoral às legislativas de 18 de maio a privatização da TAP, da Caixa Geral de Depósitos, da RTP e da CP – Comboios de Portugal. O partido argumenta que o Estado “não tem vocação para gerir empresas”.
No manifesto eleitoral, divulgado esta quinta-feira, a IL apresenta um “programa de privatizações e redução empresarial do Estado” com vista a “diminuir a despesa pública, aumentar a eficiência económica e melhorar os serviços públicos ao cidadão com gestão privada”.
A IL defende em particular a privatização da TAP, da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da RTP, alegando que “têm representado, historicamente, grandes encargos injustificáveis para os contribuintes e perpetuam um modelo de gestão ineficiente e politizado”.
Segundo contas da IL, “a TAP absorveu 3.200 milhões de euros” do erário público, enquanto a RTP “custa 200 milhões de anuais do Orçamento do Estado”.
Além destas privatizações, o partido propõe também “a concessão ou privatização de serviços públicos de transporte de passageiros, incluindo a CP — Comboios de Portugal e a Transtejo/Softlusa, garantindo maior concorrência, melhor qualidade de serviço e redução de encargos para o Estado”.
Ainda neste programa para a redução empresarial do Estado, o partido propõe a alienação dos 25% do capital do Estado no Novo Banco.
No seu manfesto, a IL refere que “num momento em que o mundo se transforma a uma velocidade sem precedentes — impulsionado pela revolução tecnológica, desafios geopolíticos, reforços de investimento em defesa, guerras tarifárias e novas exigências sociais — Portugal continua refém de um modelo político e administrativo ultrapassado, excessivamente centralizado, burocrático e ineficaz”.
Assim, o seu programa assenta em “três grandes objetivos até 2030: Modernizar o Estado, Recuperar a Confiança nas Instituições e Romper com a Estagnação Económica” numa “solução para um caminho claro que devolva o poder aos cidadãos, resgate o futuro dos jovens e transforme o Estado num aliado, e não num obstáculo”.