André Ventura confirmou esta terça-feira a sua candidatura à Presidência da República. O líder do Chega assume que foi uma decisão indesejada, mas necessária. Na sexta-feira, em entrevista ao Nascer do Sol, já tinha dito que era uma decisão provável.
“Não desejei ser candidato nestas eleições”, afirmou Ventura no anúncio oficial da sua candidatura a Belém. O presidente do Chega justificou que o segundo maior partido político “não pode deixar em silêncio” estas eleições. “O Chega não pode ignorar os seus apoiantes e militantes”, reforçou.
O agora candidato a Presidente também reconheceu que falhou em encontrar uma alternativa política. “Durante os últimos meses procurei garantir que o Chega tinha um candidato à altura das suas aspirações – alguém que nos levasse à segunda volta”, explicou o líder do Chega.
“Falhei em encontrar essa alternativa”, assumiu, ao mesmo tempo que lembrava que “tinha preferido que Pedro Passos Coelho fosse candidato à Presidência da República”.
A decisão de André Ventura acontece depois de o líder do Chega ter ouvido o partido numa reunião do Conselho Nacional, no Fórum Lisboa na passada sexta-feira, dia 12 de setembro.
O líder do Chega junta-se assim ao Almirante Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes, João Cotrim Figueiredo, António José Seguro, António Filipe e Catarina Martins como candidatos ao Palácio de Belém.
Ventura foi candidato a presidente da República em 2021, quando Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito para o segundo mandato em Belém. Na altura, o líder do Chega obteve 11,90% dos votos, ficando em terceiro lugar, atrás de Ana Gomes.
