Catarina Martins e Jorge Pinto desmentiram esta sexta-feira que estejam “aflitos” com a recolha de assinaturas necessárias para formalizar as respetivas candidaturas presidenciais no Tribunal Constitucional (TC). Ambos garantem já ter ultrapassado o mínimo legal de 7.500 subscrições exigidas.
A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda assegurou que entregará as assinaturas no Palácio Ratton na próxima quarta-feira, 10 de dezembro, reagindo a uma notícia do Nascer do SOL que apontava dificuldades na recolha. “Li uma notícia muito assustadora, que dizia que eu estava aflita para conseguir assinaturas (…). Pois é, não percebo porque é que o título diz uma coisa e a notícia diz outra”, declarou Catarina Martins, num vídeo onde agradeceu “a toda a gente que entregou o seu tempo e a sua dedicação a fazer esta candidatura possível”. A bloquista acrescentou que apresentará o seu mandatário nacional já na segunda-feira.
Também Jorge Pinto, candidato apoiado pelo Livre, manifestou surpresa com as notícias divulgadas. “Ainda ontem disse à agência Lusa que já [tinha] as assinaturas e que [estava] a ponto de entregá-las no TC”, afirmou. O eurodeputado revelou ter “perto de seis mil assinaturas digitais e mais 2.200 em papel”, sublinhando que “já temos mais do que as mínimas 7.500 para poder ser candidato”. O candidato justificou ainda a continuação da recolha até à data limite por considerar que “cada assinatura (…) é uma oportunidade única” para explicar o seu projeto político.
No entanto, Jorge Pinto deixou críticas à Iniciativa Liberal, depois de dirigentes do partido terem ironizado sobre o tema. “Bem, meus amigos, lembremos quem foi o anterior candidato presidencial apoiado pela IL (…). Não por ter sido um bom político, (…) mas porquê? Por ter falsificado assinaturas”, afirmou, numa referência à polémica que envolveu Tiago Mayan Gonçalves, que admitiu ter falsificado assinaturas enquanto responsável autárquico no Porto.
De acordo com a Constituição e a lei eleitoral, as candidaturas presidenciais podem ser apresentadas até trinta dias antes da data da eleição, por cidadãos portugueses de origem, maiores de 35 anos, e devem ser propostas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 eleitores. As eleições presidenciais realizam-se a 18 de janeiro, estando uma eventual segunda volta marcada para 8 de fevereiro. A tomada de posse do novo Presidente está prevista para 9 de março.