Passos diz-se sem medo de ser julgado nas eleições

O presidente do PSD e primeiro-ministro declarou-se esta madrugada sem medo de ser julgado nas eleições europeias, alegando que o Governo cumpriu as suas obrigações e que os eleitores não desejam uma mudança para as políticas do PS.

Passos diz-se sem medo de ser julgado nas eleições

Num encontro com jovens para assinalar o Dia da Europa, inserido na campanha da coligação PSD/CDS-PP para as eleições europeias num auditório em São João da Madeira, Pedro Passos Coelho referiu-se à ideia de que "é o Governo que vai ser julgado" no dia 25 de Maio, e afirmou: "Deixem-me dizer-vos: Eu não tenho nenhum medo de ser julgado nas eleições, nem nas legislativas, nem nas europeias".

"Aqueles que pensam que nós estamos acabrunhados ou temos receio de enfrentar os eleitores por termos cumprido com as nossas obrigações, por fechar um resgate que não pedimos, que os socialistas pediram, conduziram o país à beira da insolvência, que nós ultrapassámos, regressando a financiamento de mercado, os que pensam que nós estamos acabrunhados por causa disso estão profundamente enganados", acrescentou.

No final da sua intervenção, o primeiro-ministro disse que a coligação PSD/CDS-PP, assim como saiu do programa de resgate "de uma forma limpa", vai fazer esta campanha eleitoral "de uma forma limpa", prosseguindo o objectivo de fazer de Portugal um país com "uma voz tão respeitada como a de qualquer outro" nas instâncias europeias.

"Tenho a certeza de que se o doutor Paulo Portas aqui estivesse não diria uma coisa diferente. Estamos coligados, juntos numa campanha em defesa de Portugal e em defesa da Europa, e fazemos esta campanha com as costas bem direitas e a cara bem levantada, porque só temos que nos orgulhar quer do trabalho que realizámos em Portugal quer daquele que defendemos para a Europa", reforçou.

Passos Coelho sugeriu que os socialistas é que "deviam estar, eles sim, preocupados", pelo estado em que deixaram o país há três anos, e acusou-os de estarem "frustrados por o país ter conseguido fechar este resgate", sem a sua colaboração.

Quanto à "mudança" prometida pelo PS, questionou: "Mudar para quê? Para o resgate de 2011, para as políticas que conduziram ao desemprego e à necessidade de ajustamento? Essa mudança eu não quero, e acho que o país inteiro também não quer".

Lusa/SOL