Vivam as estrelas Michelin – mais as que faltam

Parece que só falto eu pronunciar-me sobre as 14 estrelas que nos são atribuídas pelo novo Guia Michelin, o encarnado, referente a Portugal e Espanha. Subscrevo-as todas por baixo (acho especialmente justa a 2ª dada a José Avillez, no Belcanto).

Apesar de não recuar um milímetro em todas as criticas que fiz a este Guia, designadamente quanto a uma para mim indesejável normalização de comidas, encarecimento do serviço, e continuar a rir-me cada vez que me lembro do nome que José Quitério lhe dava (Miquelino).

De qualquer modo, o Guia Michelin, com os seus inspectores ainda suficientemente secretos, sem patrocinadores a quem satisfazer, parece-me muito mais de ter em conta do que a lista dos 50 melhores da revista Restaurant (porta-voz das tecnologias culinárias).

Só me maça que o Michelin aceite restaurantes tradicionais, que não saem de receitas milenárias, por exemplo, no Japão, e não os aceite na Europa. Cada vez gosto mais de casas de boa comida tradicional como o Poleiro, o Solar dos Presuntos ou o dos Nunes.

Prefiro ir pelos Bib Gourmand da Michelin, que garantem comida boa a preços mais acessíveis. E onde podiam começar a entrar os bons tradicionais.