Costa: Portugal não tem nada a ver com a Grécia

António Costa foi prudente nos comentários à vitória do Syriza por maioria absoluta na Grécia e recusou comparações com Portugal. “O que se discute em Portugal não tem nada a ver com o que se discute na Grécia, o que se discute em Portugal é saber que caminho vamos prosseguir a partir de 4 de Outubro”, afirmou o…

Depois de nas últimas eleições gregas ter feito um comentário que o colou ao Syriza ao dizer que a vitória deste partido era “um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha”, prudência foi a palavra-chave na reacção de Costa aos resultados na Grécia. “Estabilidade” e “tranquilidade” foram os desejos deixados pelo secretário-geral socialista aos gregos, após um jantar de campanha, este domingo.  

“Desejo que a Grécia encontre agora um caminho de estabilidade que lhe permita encontrar o caminho certo sobretudo lhe permita encontrar um caminho de crescimento e aliviar o sofrimento que a austeridade tem imposto ao povo grego ao longo destes anos”, afirmou o líder do PS.

E, apesar de recusar comparações com Portugal, Costa espera que após estas eleições os gregos possam “encontrar tranquilidade” e assim virar a página da crise da zona euro “e reforçar em todos os países da zona euro a tranquilidade e serenidade necessárias”.

Costa recusa “peste grisalha” em terras do interior

Em Pinhanços, no distrito da Guarda, um dos mais envelhecidos do país, Costa dedicou o discurso aos idosos. “Em Portugal não há peste grisalha”, frisou Costa, recusando essa expressão, utilizada pelo cabeça-de-lista do PSD pelo distrito, Carlos Peixoto.

O líder do PS aproveitou a plateia de cabelos brancos – onde se destacava o ex-presidente do PS Almeida Santos – para lembrar que o PS promete repor todas as pensões integralmente. E apontou para um dos objectivos do partido: eleger mais deputados no distrito.  ​