Marcelo pela Europa

Marcelo continua apostado em fazer uma campanha minimalista na corrida para as eleições presidenciais. Com ações pontuais e sem grande visibilidade, o ex-líder do PSD trocou na semana passada a campanha em terras lusas por encontros com líderes europeus em Bruxelas.

Marcelo pela Europa

Na quarta-feira, o professor foi recebido pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, para garantir à saída que os dois estão “em sintonia” e que se for eleito Presidente continuará a ser “pró-europeísta e  pró-euro”. Na quinta-feira, foi a vez de Marcelo ser recebido pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Para o próximo fim de semana está prevista uma deslocação a Paris, que sofreu algumas alterações na sequência dos recentes atentados na cidade. Na agenda do candidato está um encontro com a comunidade portuguesa local, a apresentação de um livro para o qual escreveu o prefácio e ainda um jantar.

As deslocações internacionais deverão realizar-se todas até ao Natal, sendo que Marcelo ainda deverá deslocar-se a Moçambique e a Angola.

Entretanto, Cavaco Silva já fez saber que as eleições presidenciais estão convocadas para 24 de janeiro.

Pagar a campanha a 90 dias

Nesse mesmo sentido de uma campanha minimalista e sem ações de grande dimensão, para já é certo que Marcelo vai ter apenas um mandatário nacional, um mandatário financeiro e um diretor de campanha – aquilo que lhe é exigido por lei.

 O professor insiste em correr por si próprio, sem o apoio dos partidos, e para já o que está em cima da mesa e é dado com mais provável é não ter sequer mandatários distritais.

Marcelo também não terá comissão de honra nem comissão de candidatura. E vai dispensar a lista habitual de notáveis a manifestarem o seu apoio no site da candidatura. A mensagem, segundo fonte da candidatura, é a de que “o apoio de cada um é igual no voto”.

Quanto ao financiamento da campanha, o candidato presidencial, que recusou donativos pessoais e de empresas, prepara-se para pagar do seu próprio bolso tudo o que tiver de ser pago já – como foi o caso do aluguer das salas no Porto ou na Voz do Operário. Todos os pagamentos que possam ser feitos a 60 ou 90 dias, como é prática corrente nas empresas, Marcelo Rebelo de Sousa conta fazê-los já depois de ter recebido a subvenção estatal.

sofia.rainho@sol.pt