França e Canadá também de luto depois dos ataques em Londres

Até ao fecho desta edição, a Secretaria de Estado das Comunidades não tinha indicação de portugueses entre as vítimas dos ataques de sábado na capital britânica. Portugal aguardava lista oficial das pessoas afetadas

Ontem, ao final do dia, era ainda escassa a informação sobre a identidade das vítimas dos ataques de Londres na noite de sábado. Entre as sete vítimas mortais, numa altura em que se encontravam outras 20 pessoas em estado crítico, estava confirmada a morte de dois estrangeiros, um cidadão canadiano e outro de nacionalidade francesa, um jovem de 27 anos que trabalhava num restaurante no mercado de Borough. Entre os feridos – meia centena – havia registo de britânicos, franceses, australianos, alemães, um neozelandês e um espanhol.

À hora de fecho desta edição, a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas não tinha recebido indicação de portugueses entre as vítimas.

Em declarações ao i, o porta-voz indicou, porém, não ser ainda possível descartar a existência de cidadãos de nacionalidade portuguesa entre as vítimas, uma vez que as autoridades nacionais aguardavam uma lista oficial sobre as vítimas mortais e os feridos atendidos em cinco hospitais de Londres.

Entre os feridos encontram-se quatro polícias londrinos, três da polícia metropolitana e um da polícia de trânsito, dois deles em estado grave. Um dos feridos em condição crítica é um civil baleado inadvertidamente durante o cerco aos atacantes junto ao mercado de Borough, onde os três homens foram abatidos pela polícia. A indicação foi dada pelo comissário da polícia metropolitana de Londres, Mark Rowley, que descreveu um tiroteio sem precedentes em que oito polícias armados dispararam 50 balas para travar os atacantes.

Geoff Ho, jornalista no “Sunday Express”, Candide Hedge, imigrante em Inglaterra de nacionalidade australiana, e Oliver Dowling e Marie Bondeville, casal de nacionalidade neozelandesa, foram algumas das pessoas identificadas na imprensa como estando entre os feridos. Daniel O’Neill, britânico de 23 anos, foi também esfaqueado na Ponte de Londres, revelou a mãe do jovem na imprensa britânica.

Ao cair do dia, as atenções viraram-se para o concerto solidário em Manchester, onde há duas semanas um ataque bombista no final do concerto de Ariana Grande matou 22 pessoas e feriu mais de cem, 23 em estado considerado grave. A homenagem promovida pela cantora, com a participação de Justin Bieber, Katy Perry, Miley Cyrus, Pharrell Williams e Coldplay, entre outros, reuniu 130 mil pessoas no campo de críquete Emirates Old Trafford, com transmissão televisiva por diferentes canais. Mas o concerto One Love Manchester foi também transmitido em direto na internet, em diferentes canais de informação.

À hora de fecho desta edição tocavam os Coldplay e mais de 400 mil pessoas acompanhavam online a atuação a partir de um direto de Ariana Grande no Facebook. Só esta ligação tinha sido partilhada mais de meio milhão de vezes. Os donativos angariados pela cantora são destinados às vítimas do ataque.